Cooperação em infraestruturas China-África: construindo bases para um futuro melhor-Xinhua

Cooperação em infraestruturas China-África: construindo bases para um futuro melhor

2024-07-01 11:29:03丨portuguese.xinhuanet.com

Passageiros sentados em um trem na estação ferroviária de Nagad, ao longo da ferrovia Etiópia-Djibuti, em Djibuti, no dia 19 de setembro de 2022. (Xinhua/Dong Jianghui)

A cooperação diversificada da China com a África, especialmente em infraestruturas, está transformando o continente com projetos como estradas, ferrovias, pontes, portos, escolas, hospitais e centrais elétricas, promovendo a conectividade e prometendo um futuro melhor.

Por Yi Xin

Quando o assunto é cooperação China-África, a palavra “caleidoscópico” vem à mente. Nos últimos anos, vimos resultados frutíferos da cooperação bilateral em vários domínios. Entre eles, a infraestrutura.

Do planalto a leste à costa a oeste, dos países sem litoral na região subsariana aos pequenos Estados insulares no Oceano Índico Ocidental, estradas, ferrovias, pontes, portos, escolas, hospitais e centrais elétricas foram construídas com a ajuda chinesa como preparação do terreno para um futuro melhor em uma terra promissora e com potencial.

Os projetos de transporte impulsionam um futuro mais conectado.

“Para ficar rico, primeiro construa estradas”. Esse não é só um provérbio popular chinês, mas uma importante conclusão do próprio desenvolvimento da China. Com base nessa experiência, a China passou décadas trabalhando com a África para construir o pilar dos transportes necessário para impulsionar o crescimento econômico.

Seria negligente não mencionar a ferrovia Adis Abeba-Djibuti, uma artéria de transporte que liga a Etiópia e Djibuti e a primeira ferrovia transnacional eletrificada na África Oriental. É um projeto emblemático da Iniciativa do Cinturão e Rota e uma das duas principais linhas de transporte nas Perspectivas de Paz e Desenvolvimento no Chipre da África que a China apresentou em 2022 apoiar os países regionais na abordagem dos desafios de segurança, de desenvolvimento e de governança.

A ferrovia melhorou muito o acesso dos países ao longo da rota para o exterior. Reduziu o tempo de transporte de mercadorias de mais de três dias para menos de 20 horas e diminuiu o custo em pelo menos um terço. Até o momento, a ferrovia transportou 680 mil passageiros e 9,5 milhões de toneladas de carga, com uma taxa média de crescimento anual de 39% nas receitas.

Conforme os países da região enfrentam o aumento dos preços do petróleo, as ferrovias eletrificadas têm desempenhado um papel cada vez mais importante no fornecimento de materiais essenciais, como óleo comestível e fertilizantes, para atender às necessidades do desenvolvimento socioeconômico.

Em maio deste ano, os empreiteiros chineses entregaram a gestão e a operação da ferrovia para o lado africano, após seis anos de operação tranquila. O ministro das Finanças da Etiópia, Ahmed Shide, disse: “A linha ferroviária Adis Abeba-Djibuti é um exemplo das relações sino-africanas sempre prósperas. Essa parceria passou no teste do tempo, mostrou resiliência e marca um futuro mais brilhante e forte”.

Operadores de trens de carga chegam com primeira remessa de caminhões à Estação de Carga Indode, nos arredores de Adis Abeba, capital da Etiópia, no dia 24 de maio de 2023. (Xinhua/Michael Tewelde)

Nos últimos anos, cada vez mais projetos de infraestruturas na África realizados pela China produziram benefícios tangíveis, muitas vezes excedendo o domínio tradicional dos transportes. Desde a criação do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês) em 2000, de acordo com o livro branco “China e África na Nova Era: Uma Parceria entre Iguais”, as empresas chinesas ajudaram os países africanos a construir ou modernizar mais de 10.000 km de ferrovias, quase 100.000 km de rodovias, cerca de 1.000 pontes, quase 100 portos, 66.000 km de transmissão e distribuição de energia, uma capacidade instalada de geração de energia de 120 milhões de kW, uma rede principal de comunicações de 150.000 km e um serviço de rede que cobre quase 700 milhões de terminais de usuários.

A cooperação na economia azul incentiva talentos.

O oceano conecta países, trazendo esperança infinita. Nos últimos anos, sob a “Visão para a Cooperação Marítima no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota” e a “Iniciativa de Cooperação Azul do Cinturão e Rota”, a China tomou medidas concretas para uma parceria azul com a África.

Na Visão de Cooperação China-África 2035, divulgada na oitava Conferência Ministerial do FOCAC em 2021, a cooperação na economia azul é listada como uma “nova área de crescimento” que pode “acrescentar valor e usar os recursos marinhos de forma sustentável”. Os projetos de infraestruturas nesse domínio criaram muitos empregos locais e ajudaram a formar engenheiros, técnicos e outros profissionais qualificados que a África precisa.

O projeto do porto de Lamu, no Quênia, é um exemplo. Ele tem um lugar importante na Visão 2030 do Quênia, o plano de desenvolvimento a longo prazo do país. Construído por uma empresa chinesa, o porto faz parte da tentativa do Quênia de se tornar um importante centro comercial na África Oriental.

Maquinista se prepara antes de trabalhar em trem na estação ferroviária de Nagad, ao longo da ferrovia Etiópia-Djibuti, no Djibuti, no dia 19 de setembro de 2022. (Xinhua/Dong Jianghui)

Mais de três quartos das contratações do projeto eram africanas. As empresas chinesas enviam trabalhadores chineses experientes e qualificados para fornecer formação prática aos recrutas locais. Isso foi recebido com grande entusiasmo entre os jovens africanos. Mais de 2.500 oportunidades de emprego com essa formação personalizada resultaram em muitos trabalhadores qualificados. Após a conclusão do projeto, eles encontraram novos empregos e têm uma vida melhor com as habilidades que aprenderam.

A cooperação na economia verde impulsiona a transição energética.

A China tem sido um parceiro importante na transição verde da África. Até o momento, a China fez mais de 100 projetos de energia limpa no âmbito do quadro do FOCAC, apoiando os países africanos no melhor uso da energia limpa, como a energia solar, hídrica, eólica e geotérmica.

O Parque Eólico De Aar mudou o panorama energético da África do Sul. Sendo o primeiro projeto de energia eólica financiado, construído e operado por uma empresa chinesa na África, fornece anualmente 760 milhões de quilowatts-hora de eletricidade limpa, atendendo às necessidades de eletricidade de 300.000 famílias. Isso contribuiu para preencher a lacuna causada pela energia limpa instável e para resolver a falta de eletricidade na África do Sul.

Os esforços contínuos da China para ajudar a desenvolver infraestruturas na África ao longo das décadas estão enraizados na filosofia confucionista. Citando Os Analectos: “O homem virtuoso, ao mesmo tempo que se estabelece e busca o sucesso, também trabalha para estabelecer os outros e capacitá-los a ter sucesso também”. Ou seja, ao seguir seu próprio desenvolvimento, a China espera sinceramente ver os países africanos, que também são membros importantes do Sul Global, se tornarem prósperos e fortes.

Nota da edição: Yi Xin é analista de assuntos internacionais com base em Beijing.

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