Entrevista: CEO da Art Basel está "extremamente otimista" no mercado chinês-Xinhua

Entrevista: CEO da Art Basel está "extremamente otimista" no mercado chinês

2024-06-24 11:41:26丨portuguese.xinhuanet.com

Visitantes olham quadro na Art Basel Hong Kong 2018 no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong, em Hong Kong, sul da China, no dia 27 de março de 2018. (Xinhua/Li Peng)

O presidente-executivo da Art Basel, Noah Horowitz, mostrou muito otimismo em relação ao mercado de arte chinês e anunciou planos para expandir a edição da feira em Hong Kong, reafirmando o compromisso da organização com a China e com a região em geral.

Por Martina Fuchs

Genebra, 22 jun (Xinhua) -- O presidente-executivo da Art Basel, uma feira de arte líder mundial, disse que está "extremamente otimista" com as perspectivas para o mercado de arte chinês e planeja expandir ainda mais a presença de seu mercado de arte em Hong Kong.

"Estamos muito comprometidos com a China e em um sentido mais amplo com a região, por isso estamos ansiosos para nos apoiar", disse Noah Horowitz à Xinhua em entrevista virtual à margem da recém-concluída feira da Art Basel.

Ele disse que a edição de 2024 da Art Basel acabou no domingo, após uma semana de muitas vendas em todos os setores do mercado. O evento atraiu um público geral de 91.000 pessoas durante seus dias VIP e públicos.

Fundada em 1970 por galeristas de Basileia, Suíça, a Art Basel apresenta hoje as principais mostras de arte moderna e contemporânea do mundo, com locais em Basileia, Miami Beach, Hong Kong e Paris.

"A feira está enorme este ano. Estamos empolgados em receber nossa recém-nomeada diretora Maike Cruse para liderar sua primeira exposição. São 285 galerias de 40 países e territórios", disse Horowitz.

Ele também destacou a "Unlimited", que é a plataforma de exposição da Art Basel para projetos que transcendem o estande da feira de arte clássica. Oferece aos expositores a oportunidade de apresentar instalações monumentais, esculturas colossais, pinturas em murais, séries de fotos e projeções de vídeo.

Visitantes olham exposição na Art Basel Hong Kong 2018 no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong, em Hong Kong, sul da China, no dia 27 de março de 2018. (Xinhua/Li Peng)

A 11ª edição da Art Basel Hong Kong aconteceu em março e marcou o retorno da feira depois da pandemia, com um aumento de 37% no número de expositores em relação ao ano anterior.

Contou com 242 galerias de 40 países e territórios, incluindo apresentações com curadoria e programas públicos, atraindo compradores e vendedores de arte contemporânea de todo o mundo.

 

FOCO NA ÁSIA

Sobre as perspectivas para o mercado de arte chinês, Horowitz disse: "Estamos muito otimistas com o mercado chinês e com nossa presença em Hong Kong, acabamos de assinar uma parceria plurianual com o Conselho de Turismo de Hong Kong".

Horowitz disse que estão recebendo cada vez mais visitas de colecionadores da China e de toda a Ásia.

Discutindo os planos de expansão global, Horowitz disse que eles estão comprometidos com a plataforma de quatro locais da feira de arte. "Ficamos empolgados em anunciar no mês passado a mudança do nome de Paris+ para nossa exposição em Paris para Art Basel Paris, que acontecerá de 18 a 20 de outubro no Grand Palais pela primeira vez".

"Também estamos animados para voltar a Tóquio em novembro para a Semana de Arte de Tóquio, que tem sido uma colaboração realmente importante entre a Art Basel e a Semana de Arte de Tóquio na construção de reconhecimento da marca e na construção de relacionamentos mais fortes entre a Art Basel, a galeria e a comunidade cultural e colecionadora do Japão", disse Horowitz.

"Vimos um aumento muito expressivo nas participações em galerias, além de visitas do Japão, especialmente em Hong Kong", disse o executivo, que foi nomeado chefe da Art Basel em outubro de 2022 e anteriormente ocupou o cargo de diretor das Américas para a feira de 2015 a 2021.

De acordo com a Art Basel e o UBS Art Market Report 2024, as vendas globais de arte totalizaram cerca de 65 bilhões de dólares no ano passado, permanecendo acima do nível antes de pandemia em 2019.

O relatório revelou que os Estados Unidos mantiveram a primeira posição nas classificações globais, com sua cota de vendas em valor atingindo 42% em 2023. A China ultrapassou o reino Unido e virou o segundo maior mercado, com as vendas na China aumentando 9%, para 12,2 bilhões de dólares americanos.

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