Entrevista: China desempenha papel fundamental no fortalecimento ​​responsável da IA, diz funcionário da ONU-Xinhua

Entrevista: China desempenha papel fundamental no fortalecimento ​​responsável da IA, diz funcionário da ONU

2024-06-23 10:58:02丨portuguese.xinhuanet.com

Lambert Hogenhout, Chefe de Dados, Análise e Tecnologias Emergentes das Nações Unidas, fala em entrevista na Conferência Collision de 2024 em Toronto, Canadá, no dia 19 de junho de 2024. (Foto por Zou Zheng/Xinhua)

Por Martina Fuchs

Toronto, 20 jun (Xinhua) -- A China é um líder global em tecnologia e inteligência artificial (IA) que desempenha um papel cada vez mais importante e essencial para promover a tecnologia responsável em todo o mundo, disse um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) à Xinhua na Collision, uma das principais conferências de tecnologia do mundo realizada em Toronto de 17 a 20 de junho.

“A China é obviamente um líder global em tecnologias, especialmente em IA”, disse Lambert Hogenhout, Chefe de Dados, Análise e Tecnologias Emergentes das Nações Unidas. “Nas últimas semanas, vimos o sistema Kling AI da Kuaishou, que mostra vídeos de última geração impressionantes”.

Kling, desenvolvido pela Kuaishou AI Team, é uma ferramenta de IA de texto para vídeo. Ele permite que os usuários com habilidades de geração de vídeo criem vídeos artísticos com facilidade e eficiência.

“Além da IA, há outras áreas da tecnologia em que a China é líder, como a energia alternativa ou as tecnologias solares”, disse Hogenhout, que passou os últimos 25 anos trabalhando no setor privado e em organizações internacionais como o Banco Mundial e a ONU, afirmou.

“Estas são oportunidades onde as tecnologias podem ser divididas com outras partes do mundo que precisam urgentemente delas”, disse ele.

O Escritório de Tecnologia da Informação e Comunicação das Nações Unidas (OICT, na sigla em inglês) está sediado em Nova York e visa um futuro melhor, mais seguro e sustentável por meio de tecnologia inovadora e tem três principais objetivos estratégicos: acelerar a inovação, construir resiliência em segurança cibernética e permitir a transformação digital.

Hogenhout também destacou: “A agricultura de precisão e a prevenção de desastres são outra área onde a IA pode desempenhar um papel muito importante e onde a China tem muita experiência”.

No entanto, ele também alertou para o risco de adotar novas tecnologias rapidamente: “Penso que, com a tecnologia evoluindo tão rapidamente e sendo tão empolgante, as pessoas estão muito focadas no que podem fazer com a IA agora”.

“Mas também é muito importante pensar no futuro, daqui a dois ou cinco anos. Pense em um jogador canadense de hóquei no gelo. Esse profissional não patina para onde o disco está, mas para onde ele vai”.

“Precisamos lembrar disso quando começamos a nos preparar para políticas sobre tecnologias de IA e tecnologia responsável”, destacou Hogenhout.

A Collision, que faz parte dos eventos da Web Summit, reuniu 37.832 participantes de 117 países, informou em comunicado de imprensa.

É o último evento Collision e seu último ano em Toronto, antes de fazer a transição para a Web Summit de Vancouver em maio de 2025.

Lambert Hogenhout, Chefe de Dados, Análise e Tecnologias Emergentes das Nações Unidas, fala em entrevista na Conferência Collision de 2024 em Toronto, Canadá, no dia 19 de junho de 2024. (Foto por Zou Zheng/Xinhua)

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