Peter Thomson, enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para os oceanos, fala em coletiva de imprensa sobre os preparativos para a Conferência da ONU sobre os Oceanos de 2020, na sede da ONU em Nova York, no dia 5 de fevereiro de 2020. (Xinhua/Wang Jiangang)
“Fui muito inspirado pelo apelo do presidente chinês Xi Jinping a uma '’civilização ecológica’’ e à necessidade de união entre humanos e natureza”, disse o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para os oceanos, Peter Thomson.
Por Wang Jiangang
Nações Unidas, 8 jun (Xinhua) -- O enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para os oceanos, Peter Thomson, disse que se inspirou no apelo da China pela civilização ecológica e no compromisso com a conservação dos oceanos.
Thomson relembrou uma história memorável de suas experiências com a gestão ecológica marinha em Xiamen, na província de Fujian, no sudeste da China, em entrevista recente à Xinhua.
Em 2018, Thomson visitou o Xiatanwei Coastal Wetland Park de Xiamen, onde estava em andamento o plantio de mudas de mangue.
“Vindo de uma costa de mangue em Fiji, fiquei impressionado com a escala do plantio e os planos para integrar o parque ao ecoturismo de Xiamen”, disse ele.
Thomson ficou emocionado quando voltou a Xiamen em 2023 para ver o parque em sua “forma plena e desenvolvida”.
A criação do parque “é um exemplo de como as cidades podem fazer as pazes com a natureza”, disse ele.
Foto aérea de drone tirada no dia 24 de janeiro de 2024 mostra mangue ao lado do Lago Yundang em Xiamen, província de Fujian, sudeste da China. (Xinhua/Jiang Kehong)
Como funcionário da ONU dedicado à proteção da água azul, Thomson disse que seu mantra diário é que “não podemos ter um planeta saudável sem um oceano saudável, e a saúde do oceano está atualmente em declínio mensurável”.
“Fui muito inspirado pelo apelo do presidente chinês Xi Jinping a uma ‘civilização ecológica’ e à necessidade de união entre humanos e natureza”, disse Thomson.
Thomson relembrou seu encontro em Genebra com Xi, em 18 de janeiro de 2017, quando era presidente da 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Ele mostrou a foto que tirou com Xi e com o secretário-geral da ONU, António Guterres, dizendo que “na época, eu estava cumprindo o mandato de 2016-17 como presidente da Assembleia Geral. Nós nos dirigimos aos estados-membros da ONU reunidos em Genebra para a ocasião”.
Xi fez um discurso chamado “Trabalhar Juntos para Criar uma Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade’, pedindo esforços globais para manter a harmonia entre o homem e a natureza, além de buscar o desenvolvimento sustentável.
“O homem coexiste com a natureza, o que significa que danos a ela terão impactos para o homem”, disse Xi em Genebra.
“O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS14), com seu apelo para que conservemos e usemos de forma sustentável os recursos dos oceanos, é a melhor ferramenta para interromper e reverter o declínio da saúde dos oceanos”, disse Thomson.
O enviado especial destacou que as cidades ribeirinhas e as comunidades costeiras “têm um papel importante a desempenhar na implementação adequada do ODS14”.
‘É gratificante observar Xiamen trabalhando duro para cumprir suas responsabilidades costeiras de uma forma positiva para a natureza”, disse o enviado.
Foto aérea tirada no dia 20 de agosto de 2022 mostra Parque Florestal Nacional Saihanba na cidade de Chengde, província de Hebei, norte da China. (Foto por Liu Mancang/Xinhua)
Thomson elogiou projetos ecológicos chineses como Saihanba, no norte da província de Hebei, e o Programa de Reavivamento Rural Verde de Zhejiang, ambos comtemplados com o Prêmio Campeões da Terra da ONU.
Relativamente ao progresso da civilização ecológica da China nos últimos anos, Thomson mencionou que “para chegar a bons lugares, precisamos seguir caminhos confiáveis”.
Nos tempos das mudanças climáticas e da perda de biodiversidade, ele disse: “precisamos seguir caminhos que nos guiem rapidamente para alcançar a civilização ecológica que todos querem para nossos filhos e netos”, acrescentando que as águas límpidas e as montanhas exuberantes são “bens inestimáveis, “assim como os vibrantes recifes de corais e as costas intocadas”.
“São destinos que podem ser alcançados ao longo da vida. Eles existem em um mundo em que os humanos e a natureza coexistem em harmonia”, disse o enviado.
“Para alcançar isso, precisamos seguir o caminho das energias renováveis e das economias circulares, evitando o caminho atual de exploração linear e da queima de combustíveis fósseis para gerar energia”, acrescentou ele.