Shanghai, 26 mai (Xinhua) -- Uma equipe de pesquisa colaborativa da China e da Ucrânia tem monitorado asteroides próximos à Terra (NEAs, sigla em inglês) por meio de observações regulares para obter um posicionamento preciso e uma determinação precisa da órbita desses corpos celestes.

Os NEAs são asteroides cujas trajetórias estão muito próximas da órbita da Terra. A possibilidade de ter um impacto em nosso planeta representa uma grave ameaça, ressaltando a necessidade imperativa de observações de acompanhamento imediato de NEAs recém-identificados para avaliar rapidamente seus elementos orbitais.

No entanto, a observação de objetos em movimento rápido com tempos de exposição prolongados pode resultar em imagens com listras, diminuindo consideravelmente a precisão das medições astronômicas.

Os pesquisadores do Observatório Astronômico de Shanghai (SHAO, em inglês), da Academia Chinesa de Ciências e do Observatório Astronômico de Mykolaiv, foram pioneiros em um método inovador conhecido como a técnica de dispositivo acoplado de carga (CCD, em inglês) de varredura de deriva rotativa (RDS, em inglês), que permite que o asteroide seja fotografado como uma fonte pontual, mesmo com um longo tempo de exposição.

Seu trabalho aproveitou um extenso conjunto de dados que compreende mais de 11.000 medições posicionais de quase 500 NEAs, capturados pelos dois telescópios de 50 centímetros, localizados, respectivamente, na cidade de Xi'an, no noroeste da China, no período de 2019 a 2023, e em Mykolaiv, na Ucrânia, no período de 2011 a 2022.

Empregando essa técnica inovadora, uma rede de telescópios de pequena abertura pode ser utilizada de forma eficaz para aumentar significativamente o sistema global de monitoramento de NEA para proteger a Terra de potenciais impactos de asteroides, de acordo com o estudo publicado recentemente no Astronomical Journal.