(Multimídia) Entrevista: Arquivos ocidentais apoiam a soberania da China sobre Nanhai Zhudao, diz estudioso britânico-Xinhua

(Multimídia) Entrevista: Arquivos ocidentais apoiam a soberania da China sobre Nanhai Zhudao, diz estudioso britânico

2024-05-15 19:43:15丨portuguese.xinhuanet.com
O professor Anthony Carty, estudioso britânico em direito internacional, compartilhou suas percepções sobre o Mar do Sul da China em entrevista. (Xinhua)

   Beijing, 15 mai (Xinhua) -- "A história provou que os Estados Unidos são os causadores de problemas na questão controversa do Mar do Sul da China. Na verdade, a reivindicação de soberania da China sobre Nansha Qundao e Xisha Qundao tem base jurídica nos arquivos ocidentais", disse um acadêmico britânico à Xinhuanet durante uma recente entrevista exclusiva.

   Anthony Carty, professor britânico em direito internacional, revelou as descobertas acima em seu livro recém-publicado, intitulado The History and Sovereignty of South China Sea (A história e a soberania do Mar do Sul da China), após realizar pesquisas sobre os arquivos jurídicos nacionais do Reino Unido, França e Estados Unidos.

 

   EUA AGITAM AS ÁGUAS NO MAR DO SUL DA CHINA

   A busca pela hegemonia global e a manutenção da preeminência e do predomínio são os verdadeiros motivos dos Estados Unidos para atiçar conflitos no Mar do Sul da China, observou Carty durante a entrevista.

   Estudando os arquivos de John Dulles, o então secretário de Estado dos EUA, que fazem parte dos arquivos do ex-presidente Eisenhower, Carty encontrou um registro de uma conversa entre o general americano Douglas MacArthur e George Kennan, indicando os motivos dos EUA para se intrometer na questão do Mar do Sul da China.

   "Eles concordaram basicamente com a iniciativa de George Kennan de que a fronteira oeste dos Estados Unidos deve ser a costa leste da China", disse Carty.

   O general Douglas MacArthur participou das atividades militares dos EUA na Ásia durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto George Kennan foi um diplomata de alto nível dos EUA que propôs a doutrina de conter a União Soviética logo após a Segunda Guerra Mundial.

   Quando perguntado sobre as políticas dos EUA para o Leste Asiático, Carty explicou que "é uma doutrina americana, desde o início do século 19, que os EUA devem ter predominância e preeminência sobre todos os outros países... Portanto, sua estratégia no Leste Asiático é impedir que qualquer outra grande potência possa alcançar a preeminência. Esse é o motivo de sua hostilidade contra a China".

   Carty também fez referência a um registro do Departamento de Estado dos EUA na década de 1960, que sugeria que "sob nenhuma circunstância os Estados Unidos devem tolerar que as ilhas do Mar do Sul da China (Nanhai Zhudao) voltassem para as mãos dos chineses. Isso não seria do interesse estratégico americano".

 

   "HUMPTY DUMPTY" TRIBUNAL ARBITRAL DE 2016

   Chamando o Tribunal Arbitral de 2016 sobre a questão do Mar do Sul da China de "Humpty Dumpty", Carty disse que o suposto tribunal "pregou uma peça" ao interpretar propositalmente de forma errônea o Artigo 121 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

   Carty disse que "a maneira na qual eles interpretaram o documento é contrária à descrição geográfica literal e científica do Artigo 121. Interpretar essas ilhas como rochas não é uma interpretação geológica ou gramaticalmente confiável dos Artigos 121(2) e 121(3). Tudo isso é inventado pelo tribunal e levanta questões sobre a integridade do tribunal."

   Refutando a alegação dos EUA sobre o fato de a China não observar a lei internacional, Carty argumentou que "os Estados Unidos desafiaram e ignoraram a Corte Internacional de Justiça repetidamente. Portanto, as emoções são muito fortes quando você encontra grandes potências construindo alianças contra a China, argumentando que a China não está cumprindo a lei internacional e não está se submetendo à adjudicação internacional, enquanto os próprios Estados Unidos nunca estiveram dispostos a fazê-lo".

 

   ARQUIVOS OCIDENTAIS APOIAM REIVINDICAÇÃO DA CHINA SOBRE NANHAI ZHUDAO

   Depois de realizar uma rigorosa pesquisa acadêmica sobre os arquivos nacionais do Reino Unido, França e Estados Unidos, Carty articulou em seu livro a noção de que os arquivos ocidentais mostram provas históricas da soberania da China sobre as ilhas disputadas de Nansha Qundao e Xisha Qundao.

   Referindo-se aos documentos do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, Carty disse que "o Reino Unido tinha uma posição clara sobre as Paracell, ou Xisha Qundao, desde a década de 1930, quando elas foram reivindicadas pela dinastia Qing em 1909".

   "Essa questão das Spratly (Nansha Qundao) foi discutida internamente no Ministério, após uma consulta próxima ao Ministério das Relações Exteriores da França. Eles decidiram que, sendo uma questão legal, essas Ilhas Spratly (Nansha Qundao) eram chinesas e com base nos registros que eles haviam coletado sobre sua própria conduta e a conduta dos franceses e de outros países desde a década de 1890", manifestou ele.

   Pedindo uma solução pacífica para a questão do Mar do Sul da China, Carty sugeriu que caberia aos governos das partes relevantes a delimitação marítima para traçar uma fronteira marítima.

O professor Anthony Carty, estudioso britânico em direito internacional, comenta a questão do Mar do Sul da China em entrevista. (Xinhua)

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