Rio de Janeiro, 19 abr (Xinhua) -- O Brasil quer usar o exemplo da China para estruturar a cadeia da produção de energia nuclear, com foco nos pequenos reatores, segundo afirmou nesta quarta-feira o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Silveira disse que o Brasil necessita "plantar a semente" para poder estruturar toda a cadeia de produção de energia nuclear e substituir as centrais térmicas em sistemas isolados, a maioria concentrados na região amazônica, por pequenos reatores nucleares.

"Se conseguirmos plantar a semente para estruturar a cadeia do urânio, discutindo com aqueles que têm a tecnologia, avançaremos muito", disse o ministro ao citar uma visita à China em junho deste ano que deve servir para conhecer a estrutura de geração.

"Não podemos continuar acreditando que é razoável manter usinas a óleo diesel para atender comunidades isoladas", disse a jornalistas após evento realizado em Brasília.

Silveira ressaltou que "o Brasil é um dos três países que possuem a cadeia completa do urânio, mais urânio do que uma Petrobras, pelos cálculos atuais".

Para o ministro, a geração por pequenos módulos é a saída adequada pensando nas características do Brasil. "Nós precisamos levar a sério essa cadeia. Essa cadeia será a cadeia segura no futuro", comentou.

O Brasil gasta atualmente uns 12 bilhões de reais (US$ 2,4 bilhões) com suas centrais termelétricas a diesel, e busca reduzir seu custo utilizando urânio.

O mercado de pequenas centrais nucleares vem crescendo em muitos países. As centrais nucleares são consideradas uma fonte "limpa", por não emitir gases poluentes na atmosfera e passaram a ser muito apreciadas graças à maior divulgação entre a população.