Comentário: Revelando fatos sobre a defesa mútua entre Washington e seus aliados-Xinhua

Comentário: Revelando fatos sobre a defesa mútua entre Washington e seus aliados

2024-04-18 11:36:39丨portuguese.xinhuanet.com

Presidente dos EUA, Joe Biden (à direita), e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, fazem coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca em Washington, D.C., Estados Unidos, no dia 10 de abril de 2024. (Xinhua/Liu Jie)

Embora o conceito de defesa mútua dos EUA pareça proteger um aliado, na realidade, é uma garantia de segurança de uma potência dominante para seu subordinado e o encoraja a se envolver em comportamento agressivo.

Beijing, 16 abr (Xinhua) -- Washington afirmou recentemente que ataques a aeronaves, navios ou forças armadas filipinas no Mar do Sul da China invocará o tratado de defesa mútua entre os Estados Unidos e as Filipinas.

Embora o conceito de defesa mútua dos EUA pareça proteger um aliado, na realidade, é uma garantia de segurança de uma potência dominante para seu subordinado e o encoraja a se envolver em comportamento agressivo.

Washington e seus aliados precisam de interesses comuns legítimos para se defenderem juntos. Em vez disso, Washington explora frequentemente acordos de defesa mútua para perseguir motivos ocultos, infringindo coletivamente os interesses de outras nações.

A NATO é um nítido exemplo. Autodenominando-se uma organização regional e defensiva, o bloco, que Washington reuniu para combater a União Soviética, não se dissolveu no final da Guerra Fria.

Em vez disso, incitou conflitos globais. Dos Balcãs ao Afeganistão, do Iraque à Líbia, da Síria e mais além, as ações da NATO deixaram um rasto de destruição.

Os aliados de Washington não conseguiram a verdadeira segurança através da defesa mútua com os Estados Unidos. A atual crise na Ucrânia pode ser diretamente atribuída à incansável expansão da NATO para leste, que comprimiu o espaço estratégico da Rússia. Outros exemplos são as tensões intensificadas na Península Coreana e no Mar da China Meridional.

Por que tantos conflitos? Tudo se resume aos motivos americanos. A principal preocupação de Washington não é a segurança dos seus aliados, mas sim a criação de dependência. Para manter sua hegemonia e prosseguir a segurança absoluta, Washington está disposto a sacrificar os interesses de segurança dos seus aliados sem hesitar, os empurrando para a linha da frente dos conflitos.

No sistema de alianças dos EUA, a assimetria de poder determina que a chamada defesa mútua só pode se basear nas escolhas dos Estados Unidos. Se os Estados Unidos podem ou estão dispostos a cumprir os compromissos de defesa com seus aliados é totalmente incerto.

Em maio de 2017, o então presidente dos EUA, Donald Trump, não reafirmou o compromisso com o Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, que diz respeito à defesa coletiva, durante seu discurso na cúpula da NATO. Isso rompeu com a posição dos anteriores presidentes dos EUA sobre a questão desde a fundação da NATO. Também levou muitos aliados a continuarem preocupados com os compromissos dos EUA e insatisfeitos com seu domínio.

Entretanto, os compromissos de defesa dos Estados Unidos têm um custo considerável para seus aliados. Não só devem permitir o envio de tropas dos EUA e a construção de bases militares no seu solo, mas também estão sobrecarregados com obrigações financeiras significativas para esses esforços.

Além disso, as alianças militares com os Estados Unidos envolvem normalmente vendas substanciais de armas e transferências de tecnologia, fazendo com que o complexo militar-industrial americano aproveite ainda mais.

Pior ainda, esses aliados precisaram aguentar uma erosão gradual da sua soberania e autonomia para manter sua aliança com Washington.

O analista político britânico Ian Martin observou corretamente que os Estados Unidos agem frequentemente com base no seu próprio interesse. Essa realidade é lamentável para os aliados, pois significa que eles vivem à sombra de um império.

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