Um vendedor organiza sacos de papel no mercado Kimironko em Kigali, Ruanda, 14 de julho de 2022. (Foto de Cyril Ndegeya/Xinhua)
Beijing, 26 dez (Xinhua) -- Um grupo de pesquisadores avaliou as emissões líquidas globais de gases de efeito estufa (GHG, do inglês) de indústrias domésticas relacionadas ao papel em 30 principais países de 1961 a 2019 e encontrou diferenças significativas em termos de tendências históricas de evolução e estruturas de emissões nesses países, de acordo com um estudo recente publicado na revista Nature.
A indústria de celulose e papel é um contribuinte importante para as emissões de GHG. Estratégias específicas por país são essenciais para que a indústria atinja emissões líquidas zero até 2050, dada sua vasta heterogeneidade entre os países, observou o estudo.
Pesquisadores do Departamento de Ciência e Engenharia Ambiental da Universidade Fudan cooperaram com parceiros internacionais para estabelecer um conjunto de dados de emissões de gases de efeito estufa sobre a indústria papeleira e propuseram uma estratégia para alcançar emissões líquidas zero até 2050, levando em conta as condições locais dos países.
Segundo a pesquisa, a indústria papeleira global emitiu 43,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente a gases de efeito estufa de 1961 a 2019.
As emissões líquidas de gases de efeito estufa da indústria papeleira global mostraram uma tendência de aumentar primeiro e então diminuir ou estabilizar.
Espera-se que todos os países atinjam emissões líquidas zero para suas indústrias de celulose e papel até 2050, com uma única medida usada para a maioria dos países desenvolvidos e múltiplas medidas empregadas para a maioria dos países em desenvolvimento, de acordo com o estudo.
Os resultados da análise de cenários mostrou que melhorias em estruturas energéticas e eficiência energética são medidas eficazes para reduzir as emissões, e que podem alcançar reduções médias de emissões de 64% e 41%, respectivamente, nos 30 países estudados.