Foto tirada no dia 11 de janeiro de 2023 mostra o edifício da sede do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África), construído com apoio da China, em Adis Abeba, capital da Etiópia. (Xinhua/Dong Jianghui)
A ICR “dará uma voz mais forte àqueles que não têm voz no momento”, disse David Ferguson, editor-chefe honorário de inglês da Editora de Línguas Estrangeiras em Beijing.
Beijing, 19 set (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China é de grande importância, pois trará prosperidade e confiança ao Sul Global e "dará uma voz mais forte àqueles que não têm voz no momento", disse um especialista britânico em comunicação internacional.
“A ICR é pelo menos tão importante como um pequeno número de iniciativas desde o final da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a fundação das Nações Unidas e a assinatura do Acordo de Paris, mas tem um significado mais profundo no sentido de que terá um impacto muito profundo no mundo", disse David Ferguson, editor-chefe honorário de inglês da da Editora de Línguas Estrangeiras em Beijing, que vive e trabalha na China há mais de 15 anos, em uma entrevista recente à Xinhua.
A ICR "trará prosperidade a muitos países pobres e em desenvolvimento ao longo do caminho. Ela aumentará a confiança destes países no sistema e a confiança na cultura... e mudará fundamentalmente a estrutura da ordem internacional", disse Ferguson, que recebeu o Prêmio Orquídea da China no início de setembro por facilitar o intercâmbio cultural entre a China e o resto do mundo.
A iniciativa vai “dar uma voz mais forte às pessoas que não têm voz neste momento”, disse ele, acrescentando que em termos de cultura, a ICR há muito que se dedica a promover a conectividade entre pessoas.
O que o mundo de hoje precisa “não é de liderança no velho sentido colonial ocidental de liderar por dizer aos outros como devem se comportar ou coagi-los a fazer o que querem, mas de uma liderança que respeite os outros partidos”, disse ele. “E esta é uma característica da diplomacia internacional da China.”
“Sempre insistiu que todos os países, não importa quão fortes ou fracos, não importa quão poderosos, grandes ou pequenos, deveriam ter uma voz igual”, acrescentou.
Ao longo dos anos, Ferguson editou a tradução para o inglês de obras de líderes chineses, incluindo quatro volumes de "Xi Jinping: A Governança da China", bem como uma série de documentos oficiais e livros governamentais destinados a transmitir as perspectivas da China ao público global e é autor de uma coleção de livros que apresenta os antecedentes históricos e os processos de modernização das cidades chinesas.
Foto tirada no dia 11 de setembro de 2023 mostra o canteiro de obras do projeto do distrito financeiro construído pela China State Construction Engineering Corporation (CSCEC) na nova capital administrativa, a leste do Cairo, no Egito. (Xinhua/Ahmed Gomaa)
O especialista observou que a ICR tem sido alvo de críticas de alguns países ocidentais e meios de comunicação desde que a iniciativa foi proposta em 2013.
O Ocidente tem falado do chamado “neocolonialismo chinês” e das chamadas “armadilhas da dívida”, mas estas são baseadas em falácias, disse ele.
Na verdade, o especialista salientou, “o Ocidente adotou uma posição de arrogância durante demasiado tempo”, em que acredita que seu sistema é o melhor.
Esta arrogância restringiu o diálogo entre diferentes países e é a culpada pelas dificuldades da relação entre a China e o Ocidente, observou ele.
Ao contrário da ICR, as iniciativas apresentadas pelo Ocidente não levaram em consideração a cooperação e a coordenação entre os países, disse Ferguson.
O fundo para infraestrutura e investimento global de US$ 600 bilhões anunciado no ano passado pelos membros do Grupo dos Sete, por exemplo, tem como objetivo "contrariar e competir com a China", disse o especialista.
Se o Ocidente tivesse se levantado e feito a mesma proposta, falando sobre coordenação com a ICR e sobre cooperação com os partidos membros da ICR, poderia ter havido uma enorme diferença, disse ele.
