Rio de Janeiro, 14 set (Xinhua) -- A Petrobras anunciou nesta quarta-feira uma parceria com a WEG, empresa brasileira global de equipamentos eletroeletrônicos, para o desenvolvimento de um aerogerador de energia eólica (gerada pela força dos ventos) com capacidade de 7 megawatts (MW) no Brasil e o primeiro desse porte a ser fabricado no Brasil.
Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a empresa investirá 130 milhões de reais no projeto. O acordo prevê o desenvolvimento de tecnologias para a fabricação dos componentes e a construção e testes de um protótipo, com contrapartidas técnicas e comerciais para a Petrobras. A WEG espera que o equipamento possa ser produzido em série a partir de 2025.
"A parceria com a WEG prevê o desenvolvimento da maior turbina eólica do país, com capacidade de 7 MW, suficiente para abastecer, sozinho, uma cidade de 16.880 habitantes", disse Jean Paul Prates.
O aerogerador on-shore (em terra) terá 220 metros de altura do solo até a ponta da pá, o que equivale a seis estátuas do Cristo Redentor. A estrutura pesará 1.830 toneladas, o que equivale ao peso de 1.660 carros populares.
Segundo o presidente da Petrobras, esse projeto representa um "marco importante" para a empresa, pois "aumentará seu conhecimento em tecnologia de energia eólica, além de contribuir para impulsionar a transição energética no Brasil, em parceria com uma empresa que se destaca em inovação pelo desenvolvimento de soluções em eficiência energética, energias renováveis e mobilidade elétrica".
"O dia de hoje vai ser um marco na história do Brasil em energia eólica", disse o diretor-presidente executivo da WEG, Harry Schmelzer Jr. "Isso vai ser muito importante para os investimentos de energia eólica no Brasil e vai ser um marco para a WEG", acrescentou.
Segundo o Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, a parceria é de interesse mútuo.
"A Petrobras participa porque é importante para o país, mas também porque é importante para a Petrobras. Vamos ter royalties, vamos ter preferência na aquisição de máquinas. Tem a questão de uma empresa estatal olhar para o interesse do país, mas também de olharmos para o interesse da empresa. E ambas as questões estão incluídas nessa parceria", comentou.