Rio de Janeiro, 13 set (Xinhua) -- O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,23% em agosto em comparação com julho e chegou a 3,23% no acumulado do ano, informou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador voltou a acelerar em relação ao mês anterior, puxado desta vez por um aumento da energia elétrica residencial (4,59% no mês). Em junho, o IPCA fechou com alta de 0,12%. Em agosto de 2022, o país havia registrado deflação de 0,36% influenciado pela desoneração do preço dos combustíveis.
No acumulado dos últimos doze meses até agosto, a inflação no Brasil alcançou 4,61%.
O IBGE mostrou que houve alta em seis dos nove grupos que compõem o IPCA. O maior impacto vem do grupo Habitação (1,11%), que abriga o sub-item de energia elétrica residencial. As contas de luz tiveram alta de 4,59% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral.
Por outro lado, o grupo de Alimentação e bebidas continua em queda e registrou deflação de 0,85% em agosto. É o terceiro mês consecutivo de quedas no grupo, puxados sempre pelos preços da alimentação em domicílio (-1,26% no mês).
Para este ano, o governo brasileiro e o Banco Central fixaram uma meta de inflação de 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que permite que o IPCA varie de 1,75 a 4,75%.
Já a previsão do mercado financeiro é que a inflação do ano supere o teto da meta e chegue a 4,93%. Em 2022,o Brasil registrou uma inflação de 5,79%.