Genebra, 6 jan (Xinhua) -- A redução das horas de trabalho e um horário de trabalho mais flexível, como o ocorrido durante a crise da COVID-19, podem trazer benefícios para economias, empresas e trabalhadores, como maior produtividade e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, segundo um novo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta sexta-feira.

O relatório, intitulado Tempo de Trabalho e Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal em Todo o Mundo, é o primeiro de seu tipo. Fornece uma revisão abrangente de ambos os principais aspectos do tempo de trabalho - horas de trabalho e arranjos de tempo de trabalho - e seus efeitos sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos trabalhadores.

De acordo com o relatório, uma parcela substancial da força de trabalho mundial está agora trabalhando longas ou curtas horas quando comparado ao padrão de oito horas diárias ou 40 horas de trabalho semanal.

Mais de um terço de todos os trabalhadores estão trabalhando regularmente mais de 48 horas por semana, enquanto um quinto da força de trabalho global está trabalhando horas curtas de menos de 35 horas por semana.

As medidas contra a crise da COVID-19 produziram novas evidências poderosas de que, dar aos trabalhadores mais flexibilidade em como, onde e quando trabalham pode ser positivo tanto para eles quanto para empresas, por exemplo, melhorando a produtividade, diz o texto.

Esquemas de trabalho inclusivos de curto prazo com os subsídios mais altos possíveis não apenas mantêm o emprego, mas também sustentam o poder de compra e criam a possibilidade de amortecer os efeitos das crises econômicas, enfatiza o documento, acrescentando que são necessárias respostas de políticas públicas para promover reduções nas horas de trabalho em muitos países para promover um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal e melhorar a produtividade.

"Há uma quantidade substancial de evidências de que as políticas de equilíbrio entre vida profissional e pessoal proporcionam benefícios significativos para as empresas, apoiando o argumento de que tais políticas são um 'ganha-ganha' tanto para empregadores quanto para empregados", afirma.