Beijing, 5 dez (Xinhua) -- A China rejeita veementemente a resposta superficial da primeira-ministra japonesa de que "não há mudança na posição em relação a Taiwan" e exorta o lado japonês a retratar as declarações errôneas da primeira-ministra sobre Taiwan, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em Beijing na quinta-feira.

Lin falou em uma coletiva de imprensa em resposta a uma pergunta relacionada a algumas reportagens da mídia, que afirmam que, em uma sessão plenária da Câmara dos Conselheiros em 3 de dezembro, a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi se referiu à Declaração Conjunta Sino-Japonesa, dizendo que o lado japonês "compreende e respeita" a posição do governo chinês de que "Taiwan é parte inalienável do território da República Popular da China".

Lin disse que as reportagens provaram-se imprecisas, observando que a primeira-ministra japonesa apenas disse que "a posição básica do governo japonês em relação a Taiwan permanece a mesma declarada na Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972, e não houve nenhuma mudança nessa posição", e nada mais.

"A posição da China é muito clara: exortamos o lado japonês a refletir e corrigir seu erro, e a retratar as declarações errôneas da primeira-ministra Takaichi. Esta é uma questão de princípio", observou.

A China vem fazendo as mesmas perguntas ao lado japonês há dias e ainda não recebeu uma resposta, e muitos também criticaram as declarações da primeira-ministra Takaichi dentro e fora do Japão. "Nenhuma mudança na posição" está longe de ser adequada e certamente é inaceitável como resposta à China, disse Lin, observando que os fatos e os compromissos do Japão estão registrados a ferro e fogo nos arquivos históricos.

"Se a posição fundamental do lado japonês sobre Taiwan é realmente a declarada na Declaração Conjunta Sino-Japonesa de 1972, a primeira-ministra Takaichi pode articular essa posição de forma precisa e completa? Por que o lado japonês não está disposto a declarar claramente os compromissos que assumiu e suas obrigações legais? Qual é a lógica e o motivo por trás dessa atitude?", questionou Lin.

"O lado japonês deve uma explicação à China e à comunidade internacional", acrescentou.