Beijing, 4 dez (Xinhua) -- As emissões de carbono antropogênicas da China aumentaram 0,6% em 2024, um ritmo significativamente mais lento do que no ano anterior e abaixo da taxa média de crescimento global, informou a autoridade meteorológica do país na quarta-feira, indicando que os esforços para cumprir os compromissos climáticos do país estão ganhando impulso.

Os dados foram divulgados como parte do Boletim de Gases de Efeito Estufa da China (2024) pela Administração Meteorológica da China (CMA, em inglês). O aumento doméstico de 0,6% se compara favoravelmente à taxa de crescimento global de 0,8% para o mesmo período.

Zeng Qin, diretor do departamento de ciência e tecnologia da CMA, disse que os dados indicam que a implementação ativa das promessas de redução de carbono pela China está alcançando resultados práticos.

De acordo com o boletim, a concentração média de dióxido de carbono no Observatório de Base de Waliguan, na Província de Qinghai, no noroeste da China - um dos locais de Vigilância Atmosférica Global da Organização Meteorológica Mundial (OMM) - atingiu 424,9 partes por milhão (ppm) em 2024.

Isso representou um aumento anual de 3,5 ppm, correspondendo ao aumento médio global.

Enquanto isso, várias estações atmosféricas regionais, incluindo as de Shangdianzi, Longfengshan e Shangri-La, registraram aumentos anuais na concentração de dióxido de carbono inferiores à média global, informou a CMA.

O relatório chinês surge logo após o boletim global da OMM de outubro, que alertou que as concentrações dos três principais gases de efeito estufa - dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - continuaram a aumentar em 2024. A OMM observou uma concentração média global de dióxido de carbono de 423,9 ppm, marcando o maior aumento anual desde o início dos registros modernos em 1957.

O aumento global recorde é atribuído principalmente às emissões contínuas de combustíveis fósseis, ao enfraquecimento dos sumidouros de carbono terrestres e oceânicos devido ao calor extremo e ao aumento das emissões provenientes de incêndios florestais globais.

Este é o 14º ano consecutivo em que a China divulga seus dados de monitoramento de gases de efeito estufa. A CMA disse que estabeleceu uma rede nacional de observação composta por um observatório de base global, 18 estações regionais e mais de 120 locais de observação.

Olhando para o futuro, o governo se comprometeu a otimizar ainda mais sua rede de monitoramento e fortalecer uma análise de alta precisão para fornecer suporte tecnológico à resposta do país às mudanças climáticas.