Japão deve retirar suas declarações relacionadas a Taiwan ou arcar com todas as consequências, diz chancelaria da China-Xinhua

Japão deve retirar suas declarações relacionadas a Taiwan ou arcar com todas as consequências, diz chancelaria da China

2025-11-14 12:35:15丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 13 nov (Xinhua) -- O Japão deve corrigir imediatamente seus erros e retirar comentários injustificados relacionados à Taiwan, da China. Caso contrário, todas as consequências decorrentes disso deverão ser assumidas pelo lado japonês, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, na quinta-feira.

A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, comentou recentemente que o "uso da força contra Taiwan" pela parte continental da China poderia constituir uma "situação que ameaça a sobrevivência" do Japão. Ela se recusou a retirar sua observação, que sugere a possibilidade de uma intervenção armada no Estreito de Taiwan.

"Isso constitui uma interferência flagrante nos assuntos internos da China, um desafio aos interesses fundamentais da China e uma violação da soberania da China. A China se opõe firmemente e não tolerará de forma nenhuma tais declarações", afirmou Lin em uma coletiva de imprensa regular.

"Essa tentativa da líder do Japão de se intrometer nos assuntos entre os dois lados do Estreito é uma grave afronta à justiça internacional, uma provocação flagrante à ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial e um grande golpe nas relações entre a China e o Japão", afirmou ele.

"Se o Japão ousar interferir na situação entre os dois lados do Estreito, isso será um ato de agressão e certamente receberá uma resposta firme da China", alertou ele. "Exerceremos com firmeza nosso direito de autodefesa nos termos da Carta das Nações Unidas e do direito internacional e defenderemos a soberania e a integridade territorial da China."

O porta-voz chinês advertiu o lado japonês contra brincar com fogo na questão de Taiwan. "Quem brinca com fogo acaba se queimando!", advertiu Lin.

Lin notou que, apesar das sérias representações e protestos da China, Takaichi ainda se recusava a mudar de rumo e retirar o que havia dito.

As observações incorretas violam grosseiramente o princípio de Uma Só China, os princípios orientadores estabelecidos nos quatro documentos políticos China-Japão e as normas básicas das relações internacionais, acrescentou.

Este ano marca o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial, bem como o 80º aniversário da restauração de Taiwan à China.

"O Japão cometeu inúmeros crimes durante o seu domínio colonial em Taiwan. Ao longo do último século, os militaristas japoneses lançaram mais de uma vez agressões sob o pretexto de 'situação que ameaça a sobrevivência'. Por exemplo, o Japão criou descaradamente o Incidente de 18 de setembro sob o pretexto de exercer o direito de autodefesa", afirmou Lin, acrescentando que a agressão do Japão contra a China infligiu sofrimentos indescritíveis ao povo chinês, ao resto da Ásia e ao mundo em geral.

"O que a primeira-ministra Sanae Takaichi pretende ao ressuscitar a expressão 'situação que ameaça a sobrevivência'? Será que o Japão vai repetir os erros do passado do militarismo? Será que o Japão pretende voltar a fazer inimizade com os chineses e as pessoas asiáticas? Será que o Japão pretende subverter a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial?", questionou o porta-voz.

Salientando que Taiwan pertence à China, Lin afirmou que a forma de resolver a questão de Taiwan e concretizar a reunificação nacional é uma questão a decidir pelo povo chinês e não tolera interferência de nenhuma força externa.

"Nossa mensagem ao Japão é clara: o Japão deve se arrepender profundamente por seus crimes de guerra, cessar imediatamente suas declarações e ações errôneas e provocativas que interferem nos assuntos internos da China e parar de brincar com fogo na questão de Taiwan", afirmou.

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