Rio de Janeiro, 11 jul (Xinhua) -- O setor de serviços do Brasil, que representa quase 70% do PIB do país, cresceu 0,1% em maio em relação a abril, registrando o quarto mês consecutivo de expansão e atingindo novamente o ponto mais alto da série histórica iniciada em 2011, igualando-se ao patamar de outubro de 2024, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor, que inclui atividades como transporte, turismo, tecnologia da informação, restaurantes, salões de beleza e serviços profissionais, apresentou crescimento de 3,6% em maio em relação ao mesmo mês de 2024 e uma expansão acumulada de 3% nos últimos 12 meses.
Desde junho de 2021, os serviços vêm operando acima dos níveis pré-pandemia (fevereiro de 2020) e atualmente estão 17,5% acima desse nível. Os serviços são o maior empregador da economia brasileira.
Nos últimos quatro meses de crescimento, o setor acumulou expansão de 1,6%. O melhor resultado mensal do ano foi em fevereiro, com alta de 0,9% em relação a janeiro.
Em maio, os serviços profissionais e administrativos cresceram 0,9%, os serviços de informação e comunicação, 0,4%, e os outros serviços, 1,5%. Por outro lado, os serviços às famílias recuaram 0,6%, enquanto os serviços de transporte, armazenagem e correios recuaram 0,3%.
Segundo Rodrigo Lobo, analista do IBGE, o principal impulso no mês veio dos serviços profissionais e administrativos, que incluem empresas de engenharia, agências de publicidade e plataformas digitais de intermediação comercial. "O mercado de trabalho aquecido também influencia positivamente. Quanto maior a massa salarial e menor a taxa de desemprego, maior o consumo de bens e serviços", explicou.
No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego caiu para 6,2%, a menor para o período desde 2012, com níveis recordes tanto na renda média quanto na massa salarial.
O IBGE também divulgou o Índice de Atividades Turísticas (IAT), que registrou queda de 0,7% em maio em relação a abril, após crescimento de 3,2% em abril. Em relação a maio de 2024, o setor de turismo cresceu 9,5%, impulsionado pelo transporte aéreo de passageiros, hotéis, serviços de buffet e reservas em meios de hospedagem. No acumulado de 12 meses, o setor apresenta crescimento de 6%.
A atividade turística está 12,4% acima do nível pré-pandemia e apenas 1,1% abaixo do recorde alcançado em dezembro de 2024.

