Rio de Janeiro, 30 jun (Xinhua) -- Um contingente de aproximadamente 17 mil agentes de segurança, incluindo policiais civis e militares, e agentes do programa Segurança Presente, será mobilizado no Rio de Janeiro durante a Cúpula de Líderes do BRICS, que será realizada nos dias 6 e 7 de junho, informaram fontes oficiais.
O plano de segurança, um dos maiores para um evento internacional no Brasil nos últimos anos, inclui a atuação conjunta das forças estaduais e federais, apoiadas por tecnologias avançadas.
A pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o governo federal também autorizou a participação das Forças Armadas em regime de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de 2 a 9 de julho. A operação militar abrangerá o perímetro externo do MAM (Museu de Arte Moderna), a Marina da Glória, o Monumento Estácio de Sá, os hotéis onde os líderes ficarão hospedados e outros pontos estratégicos para delegações estrangeiras.
"Estamos unindo esforços para garantir a segurança das delegações que virão para a reunião de cúpula do BRICS e para quem mora no Rio. Temos uma grande expertise em planejamentos de segurança para grandes eventos, com ótimos resultados. A adoção da Garantia da Lei e da Ordem não é uma excepcionalidade. Isso já aconteceu, por exemplo, no ano passado, quando o Rio também sediou a reunião de cúpula do G20", explicou o governador Cláudio Castro.
A operação da Polícia Militar mobilizará 15.500 policiais, incluindo equipes do Comando de Operações Especiais, para proteger as vias públicas, o entorno do museu e os hotéis, com o apoio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) móvel, que será instalado próximo à entrada principal do MAM.
A Polícia Civil, por sua vez, reforçará a segurança com 1.400 policiais adicionais alocados nas unidades que cobrem eventos oficiais. Um Centro de Flagrantes extraordinário funcionará na Cidade Policial, além de postos especializados em idiomas, técnicos de inteligência e agentes do esquadrão antibombas. Todas as delegacias localizadas ao longo das rotas seguidas por autoridades estrangeiras estarão preparadas para funcionar como pontos de refúgio e proteção, se necessário.
O BRICS é atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Irã e Indonésia, sendo que esta última ingressou como membro pleno em janeiro de 2025.
O grupo surgiu em 2009 com os quatro primeiros países (Brasil, Rússia, Índia e China) sob o nome BRIC, se expandiu em 2011 com a entrada da África do Sul e atualmente conta também com países parceiros como Nigéria, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Belarus, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Considerado um dos principais blocos de economias emergentes do mundo, o BRICS realizará sua próxima cúpula em um momento de crescente proeminência internacional, em meio a esforços para fortalecer a cooperação Sul-Sul e defender uma governança global mais inclusiva e multipolar.

