Beijing, 23 jun (Xinhua) -- O Brasil exportou 12,11 milhões de toneladas de soja para a China em maio, um aumento anual de 37,5%, segundo os dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China na semana passada.

Segundo a análise da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) do Brasil, a demanda do mercado chinês voltou a crescer de forma estável, refletindo a tendência de empresas chinesas de adquirirem ativamente a safra abundante da América do Sul. Além disso, as condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras do Brasil contribuíram para uma oferta elevada e preços competitivos da soja brasileira, o que atraiu grande volume de pedidos por parte dos compradores chineses.

Os dados mostram que, nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil exportou um total de 21,25 milhões de toneladas de soja para a China - uma queda de 14% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, as exportações se recuperaram fortemente em maio, impulsionadas principalmente pela finalização gradual dos embarques anteriormente adiados por motivos climáticos. Além disso, a chegada concentrada de cargas anteriormente represadas foi uma das razões do aumento significativo nas importações chinesas durante o mês.

Especialistas do setor apontam que, com a melhoria na eficiência alfandegária dos portos chineses - o maior importador mundial de soja - e a retomada da operação de algumas esmagadoras no país, as exportações brasileiras para a China aumentaram de forma expressiva. Em maio, a China importou um volume recorde de 13,92 milhões de toneladas de soja.

A expectativa de especialistas é que, com o embarque concentrado da soja brasileira, o ritmo das exportações se mantenha forte no terceiro trimestre. Nos próximos meses, o comércio de soja entre Brasil e China deverá permanecer em alta.