Beijing, 28 abr (Xinhua) -- A China é capaz de garantir sua segurança de grãos e energética mesmo que deixe de comprar commodities dos Estados Unidos, afirmou um funcionário nesta segunda-feira.

As reservas nacionais de grãos da China são abundantes e as importações de grãos dos Estados Unidos representaram apenas uma pequena parcela do consumo interno no ano passado, afirmou Zhao Chenxin, vice-chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em resposta a uma pergunta da mídia sobre o impacto das tarifas americanas.

Zhao acrescentou que as importações de grãos dos EUA são usadas principalmente como grãos para ração animal e que há muitas alternativas para esse tipo de fornecimento no mercado internacional.

"Mesmo que paremos de comprar grãos para ração e oleaginosas dos Estados Unidos, o impacto sobre o fornecimento de grãos da China será mínimo", afirmou.

No que diz respeito à energia, as importações de petróleo bruto, gás natural e carvão dos Estados Unidos representaram apenas uma pequena parcela do consumo energético da China em 2024, disse Zhao, acrescentando que o fornecimento doméstico de energia da China permanece amplo - e que pode importar de diversas fontes no mercado internacional.

"Mesmo que as empresas chinesas reduzam ou suspendam completamente as importações de energia dos Estados Unidos, isso não terá impacto no fornecimento doméstico de energia da China", declarou.

A comissão trabalhará com os departamentos relativos para proteger ainda mais a segurança alimentar e energética, realizar cooperação internacional e garantir efetivamente o fornecimento doméstico estável e a operação tranquila do mercado em termos de alimentos e energia, declarou Zhao.

As chamadas "tarifas recíprocas" impostas pelos Estados Unidos são um típico ato de intimidação unilateral, que contraria severamente as tendências históricas e leis econômicas, estando fadadas ao fracasso, disse ele.

Diante dessas tarifas irracionais, a China se levantou resolutamente contra tais práticas hegemônicas e respondeu com contramedidas justificadas e moderadas. O movimento da China visa não apenas proteger seus próprios direitos e interesses legítimos, mas também defender a justiça e a equidade internacionais, manter o sistema global de livre comércio e preservar uma ordem econômica internacional normal, afirmou Zhao.

"A China estará ao lado da grande maioria dos países do mundo - do lado certo da história e do progresso humano", concluiu Zhao.