Maputo, 26 abr (Xinhua) -- Moçambique registrou mais de 11,5 milhões de casos de malária em 2024, incluindo aproximadamente 67.000 internações e 358 mortes hospitalares, anunciou o presidente Daniel Chapo em um comunicado marcando o Dia Mundial da Malária na sexta-feira.
Os números marcam uma melhora modesta em relação ao ano anterior, com uma queda de 12% nos casos, uma redução de 4% nas internações hospitalares e um declínio de um por cento nas mortes, de acordo com o comunicado.
A malária continua sendo uma das principais causas de doença e morte no país, principalmente entre crianças menores de cinco anos, alertou Chapo. "É o motivo mais comum de procura por atendimento médico nas unidades de saúde do país, com impacto negativo tanto no sistema de saúde quanto em outros setores devido ao absenteísmo escolar e laboral e à perda de vidas humanas."
O presidente enfatizou a urgência de uma resposta global mais forte e pediu uma adoção mais ampla de intervenções baseadas em evidências, como vacinação, pulverização residual interna, distribuição de mosquiteiros e quimioprevenção sazonal.
Reafirmou o compromisso do governo com as estratégias de controlo da malária delineadas no plano de governação nacional de Moçambique e apelou a uma colaboração mais profunda com organizações internacionais e parceiros público-privados.
Ele também pediu à comunidade internacional que aumente o investimento e fortaleça a cooperação para enfrentar o que descreveu como uma ameaça persistente à saúde pública.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 600.000 pessoas morreram de malária em todo o mundo em 2022, com 95% das mortes ocorrendo na África. Moçambique continua entre os países com maior carga de malária, enfrentando múltiplos desafios, incluindo recursos limitados de saúde e condições climáticas favoráveis à reprodução de mosquitos.

