Luanda, 11 jan (Xinhua) -- Até as 18h de sexta-feira, Angola registrava 119 casos de cólera e 12 óbitos, de acordo com um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde do país na noite de sexta.
Dos casos registrados, 14 foram confirmados através de análises laboratoriais, enquanto 12 amostras permanecem em processamento.
"Com a confirmação do 1º caso no dia 07 de janeiro de 2025, o Ministério da Saúde declarou o surto de cólera", lê-se no boletim.
Nas últimas 24 horas, foram reportados 24 novos casos de cólera em Angola, dos quais 20 foram registrados no município de Cacuaco, o epicentro do surto. Cacuaco, situada numa área suburbana na província de Luanda, é habitada por mais de 1,2 milhão de pessoas.
Um gráfico cronológico no boletim indicou que os primeiros sintomas de cólera foram observados num paciente em 31 de dezembro de 2024.
O boletim define um caso de cólera como "doente com desidratação grave ou severa ou morte por diarreia aquosa aguda, com ou sem vómitos e doentes acima de 2 anos de idade nos locais onde a cólera existir". Um caso confirmado é descrito como "caso em que o vibrião colérico foi isolado nas fezes".
O ministério afirmou no boletim ter atualizado e ativado o plano nacional de resposta contra a cólera, mobilizando meios médicos e medicamentosos.
Entre as principais medidas adotadas estão o reforço da vigilância epidemiológica e laboratorial, iniciativas de comunicação comunitária e intervenções de água e saneamento, como a distribuição de hipoclorito de cálcio e a desinfeção de tanques de água potável.
O ministério destacou desafios na gestão do surto, particularmente a falta de saneamento básico nas áreas afetadas e a inexistência de sistemas de água potável nas áreas de maior risco. Fim