Pessoas visitam o estande da Huawei durante a Semana de Inovação do Quênia 2022 em Nairóbi, Quênia, em 6 de dezembro de 2022. (Foto por Charles Onyango/Xinhua)

A empresa chinesa de telecomunicações Huawei fez uma parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) para promover a conservação de uma área marinha protegida na costa sul do Quênia.   

Nairóbi, 8 jan (Xinhua) -- A empresa chinesa de telecomunicações Huawei fez uma parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) para promover a conservação de uma área marinha protegida na costa sul do Quênia.

O projeto de três anos, que foi apresentado na segunda-feira, busca proteger a saúde ecológica do Parque e Reserva Nacional Marinho Kisite Mpunguti, um ponto de biodiversidade localizado na extremidade do condado de Kwale, na costa sul do Quênia.

Outros parceiros de implementação do projeto Tech4 Nature incluem o Serviço de Vida Selvagem do Quênia e o Instituto de Pesquisa e Treinamento em Vida Selvagem, uma agência estatal, de acordo com uma declaração da Huawei emitida na terça-feira em Nairóbi, capital do Quênia.

O projeto está alinhado com a iniciativa TECH4ALL da Huawei e com a Lista Verde da IUCN, pois seu principal objetivo é melhorar a eficiência do monitoramento e do gerenciamento da área marinha protegida, que abriga recifes de coral intocados, bem como espécies icônicas, mas ameaçadas de extinção, como tartarugas verdes e golfinhos-nariz-de-garrafa.

A diretora de Mídia da Huawei Quênia, Khadija Mohammed Ahmed, ressaltou a necessidade de aproveitar a tecnologia e as inovações para aumentar a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos, ameaçados pelas mudanças climáticas e pelas atividades humanas.

Pessoas navegam em um dhow no Oceano Índico, no condado de Lamu, Quênia, em 23 de novembro de 2022. (Foto por Mukoto Imbova/Xinhua)

"O pensamento inovador e as soluções inteligentes já estão ajudando a mitigar alguns dos problemas ambientais mais urgentes do mundo", disse Khadija.

O projeto envolverá a implantação de câmeras subaquáticas, fotogrametria e tecnologias de monitoramento de áudio para monitorar a vida marinha, incluindo biomassa e populações de peixes-papagaio, no Parque e Reserva Marinho Kisite-Mpunguti, de acordo com a Huawei.

As soluções tecnológicas também monitorarão a cobertura de substrato nos ecossistemas de recife, a cobertura de ervas marinhas e a ocorrência de tartarugas verdes e golfinhos-nariz-de-garrafa, classificados na Lista Vermelha da IUCN como ameaçados e vulneráveis, respectivamente.

Innocent Kabenga, representante do escritório nacional da IUCN no Quênia, disse que a introdução da nova tecnologia ajudará a capturar e analisar dados na área marinha protegida, impulsionando sua conservação e gerando benefícios para as comunidades locais.

A solução tecnológica implementada pela Huawei e seus parceiros é uma inteligência artificial treinada para reconhecer espécies-alvo específicas por meio da visão e do som, fornecendo percepções orientadas por dados em tempo real sobre os comportamentos, a dinâmica populacional e a distribuição da biodiversidade na reserva marinha.

Ele também será capaz de identificar barcos usados para pesca ilegal e enviar alertas para que os guardas florestais intervenham em tempo real, disse a Huawei, acrescentando que uma solução de energia digital e uma conectividade de rede aprimorada no parque e na torre de vigilância melhorarão a transmissão rápida dos dados coletados para um servidor em nuvem para análise.

Adan Kala, diretor assistente sênior da Área de Conservação Costeira do Serviço de Vida Selvagem do Quênia, disse que as ferramentas digitais, se implantadas de forma direcionada, são fundamentais para revolucionar a conservação marinha no país.