Luanda, 31 dez (Xinhua) -- A produção média diária de petróleo de Angola atingiu 1,134 milhão de barris nos primeiros três trimestres de 2024, aumento de 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) de Angola.
O aumento segue a saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC, em inglês) em 21 de dezembro de 2023, motivada pela insatisfação com sua cota de produção de 1,11 milhão de barris por dia. Os dados da ANPG indicam que a produção mensal ao longo dos três primeiros trimestres e novembro geralmente excedeu o limite anterior imposto pela OPEC, exceto em abril, quando a produção caiu abaixo da cota, e outubro, quando os números não foram divulgados.
De acordo com a Agência de Imprensa de Angola, as medidas de estabilização do governo contribuíram para o aumento da produção. No entanto, a produção permanece significativamente abaixo do pico de 2015 de 1,8 milhão de barris por dia. Os ganhos foram atribuídos ao comissionamento de novos poços de petróleo e intervenções em várias concessões.
Na sexta-feira passada, Diamantino Pedro Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, afirmou o compromisso do governo em sustentar a produção de petróleo acima de 1 milhão de barris por dia em 2025, visando reverter o declínio recente do setor e garantir a estabilidade do fornecimento nos mercados doméstico e internacional.
Um representante de uma empresa petrolífera local disse à Xinhua que o ligeiro aumento na produção de petróleo de Angola em 2024 é principalmente o resultado de esforços cumulativos para melhorar a produção nos últimos anos.
Ele observou que o envelhecimento dos poços de petróleo de Angola continua sendo um desafio de longo prazo, uma tendência difícil de reverter na próxima década. No entanto, o comissionamento de novos poços oferece potencial para crescimento contínuo e estabilidade na produção nos próximos anos.
De acordo com estatísticas internacionais e angolanas, Angola continua sendo o segundo maior exportador de petróleo da África Subsaariana, perdendo apenas para a Nigéria.