Opinião: China aumenta confiança na economia mundial em meio às incertezas globais-Xinhua

Opinião: China aumenta confiança na economia mundial em meio às incertezas globais

2024-12-27 12:40:37丨portuguese.xinhuanet.com

Primeiro-ministro chinês, Li Qiang, mantém diálogo "1+10" com chefes de 10 organizações econômicas internacionais, incluindo a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, o presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, a secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Rebeca Grynspan, o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Gilbert Houngbo, o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Mathias Cormann, o gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais, Agustin Carstens, o presidente do Conselho de Estabilidade Financeira, Klaas Knot, e o presidente do Comitê Asiático do Banco de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun, na Diaoyutai State Guesthouse em Beijing, capital da China, no dia 9 de dezembro de 2024. (Xinhua/Liu Bin)

Por Yi Xin

O ano de 2025 está chegando, mas a perspectiva econômica para o mundo não é tão animadora quanto a chegada do Ano Novo. Organizações internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertam que a economia global enfrenta riscos de baixo crescimento, alta dívida, investimento fraco e crescente fragmentação econômica. E a incerteza ligada à nova administração dos EUA complica ainda mais o cenário econômico global.

Neste momento crítico, a China, que é a segunda maior economia do mundo, está trabalhando ativamente para adicionar confiança e estabilidade ao desenvolvimento global. No começo de dezembro, a China sediou o Diálogo "1+10" em Beijing, reunindo os chefes de 10 importantes organizações econômicas internacionais. Com foco nos temas de desenvolvimento global e prosperidade comum, o diálogo transmitiu uma forte mensagem em favor do multilateralismo e do crescimento econômico. Também reafirmou o compromisso compartilhado da China e das organizações participantes em promover o livre comércio e avançar a globalização econômica.

Estudante participa de sessão de treinamento na Oficina Luban em Dushanbe, Tajiquistão, no dia 2 de julho de 2024. (Xinhua/Cao Yang)

 

DEFENDENDO UMA RESPOSTA MULTILATERAL

Certamente o caminho a seguir é cheio de desafios e exige um senso de urgência.

O FMI prevê que o crescimento global pode cair para 3,1% até 2029, muito abaixo da média antes da pandemia de 3,8% entre 2000 e 2019. O Sul Global, que carrega um peso econômico crescente, também tem uma tarefa exigente em mãos. De acordo com o Banco Mundial, na próxima década, 1,2 bilhão de jovens em mercados emergentes e países em desenvolvimento atingirão a idade ativa.

No entanto, espera-se que apenas 400 milhões de empregos sejam criados durante o mesmo período.

Como o presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, certa vez observou, "previsões não são destino", e o mundo simplesmente precisa trabalhar muito para mudá-las. A questão, então, é qual abordagem o mundo deve adotar para resolver esses desafios econômicos urgentes. A resposta da China é inequívoca: os desafios globais devem ser enfrentados por meio do multilateralismo e da solidariedade global.

Ao longo dos anos, a China tem contribuído consistentemente para os esforços multilaterais voltados para o enfrentamento dos desafios globais de desenvolvimento. Ela apresentou a Iniciativa de Desenvolvimento Global para acelerar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e aumentou sua contribuição para a reposição da Associação Internacional de Desenvolvimento para fornecer suporte essencial às nações mais pobres do mundo.

O presidente chinês Xi Jinping entendeu essa visão durante sua reunião com os 10 líderes, afirmando: "A humanidade é uma comunidade intimamente interligada com futuro compartilhado. Os países não estão navegando separadamente em cerca de 190 pequenos barcos, mas estão todos em um navio gigante do qual seu destino compartilhado depende".

O Diálogo "1+10" incorpora esse espírito: é uma ampliação do mecanismo anual da Mesa Redonda "1+6" e reúne organizações que representam a voz do Sul Global, como o Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e o Comércio e Desenvolvimento da ONU.

Foto aérea de drone mostra canteiro de obras do projeto de passagem do estuário do Rio Sanya em Sanya, província de Hainan, no sul da China, no dia 12 de outubro de 2024. (Xinhua/Yang Guanyu)

 

COMPARTILHANDO OS BENEFÍCIOS DO DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DA ABERTURA

Outro destaque do Diálogo é o compromisso inabalável da China com a abertura. Enquanto alguns países escolhem o protecionismo, erguem barreiras e buscam a dissociação, a China continua firme em abrir mais suas portas. A China entende que em um mundo onde os países são tão interconectados, o desenvolvimento só pode ser alcançado por meio de maior, não menor, abertura. Mais abertura significa mais comércio, mais empregos e mais crescimento.

Mais importante, a China não está apenas dando um discurso, mas ativamente colocando seu compromisso em prática. Por sete anos consecutivos, a China sediou a Exposição Internacional de Importação, convidando empresas em todo o mundo para buscar potencial em seu vasto mercado consumidor. Tendo aberto totalmente seu setor de manufatura para investidores estrangeiros, a China está abrindo ainda mais seus setores de telecomunicações, educação, serviços médicos e outros.

Ela também está trabalhando para transformar a Ilha de Hainan em um Porto de Livre Comércio. Por meio de plataformas econômicas internacionais, a China compartilhou seu conhecimento de desenvolvimento com membros do Sul Global, provando ser um parceiro de desenvolvimento confiável.

Visitantes tiram fotos de robô escrevendo na 7ª edição da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) em Shanghai, no leste da China, no dia 9 de novembro de 2024. (Xinhua/Huang Xiaoyong)

 

AUMENTANDO A CONFIANÇA NAS PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO

Como um grande motor da economia global, a China contribui com mais de 30% para o crescimento global, tornando suas perspectivas econômicas essenciais para a confiança global. Embora seja verdade que a China esteja enfrentando alguns desafios econômicos internos, a maioria deles são obstáculos temporários na transição em andamento para o desenvolvimento de alta qualidade.

O governo chinês não se esquivou dessas questões, mas usou ativamente seu abrangente conjunto de ferramentas políticas para impulsionar o crescimento. Desde setembro, várias políticas pró-crescimento foram implementadas para enfrentar desafios proeminentes no mercado imobiliário e na dívida do governo local.

Graças a essas medidas, os principais indicadores econômicos mostraram melhora significativa no quarto trimestre. Durante o Diálogo "1+10", líderes de organizações econômicas internacionais expressaram confiança na transição e no futuro da economia da China.

Vale a pena notar que, logo após o Diálogo, a China convocou sua Conferência Central de Trabalho Econômico e anunciou planos para adotar uma "política fiscal mais proativa" e uma "política monetária moderadamente frouxa" no próximo ano. Isso novamente envia um forte sinal de que a China tem confiança e capacidade para manter um crescimento econômico estável, apesar dos desafios futuros.

O que 2025 trará permanece incerto, mas algo é claro: a China continuará servindo como um motor de crescimento e âncora de estabilidade para a economia global, e continuará contribuindo para a prosperidade do mundo por meio de seu próprio desenvolvimento. As palavras do presidente Xi capturam a essência disso: a China só pode se sair bem quando o mundo está bem. Quando a China se sai bem, o mundo fica ainda melhor.

 

Nota da edição: texto escrito por um observador de assuntos internacionais baseado em Beijing.

As opiniões expressas neste artigo são da autoria e não refletem necessariamente as posições da Agência de Notícias Xinhua.

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