Nações Unidas, 24 dez (Xinhua) -- As Nações Unidas e seus parceiros lançaram nesta terça-feira plano de necessidades humanitárias e resposta para 2025, bem como um apelo urgente para Moçambique a fim de ajudar as pessoas afetadas pelo devastador ciclone Chido.

O apelo requer US$ 88 milhões para reforçar as operações humanitárias e atender às necessidades mais imediatas e urgentes de 320 mil pessoas diretamente afetadas por Chido.

O número de mortos pelo ciclone Chido, um poderoso ciclone tropical que atingiu o norte de Moçambique no último fim de semana, subiu para 120, com 868 pessoas feridas e mais de 680 mil afetadas, de acordo com a última atualização do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique na segunda-feira.

Foram parcial ou totalmente destruídas mais de 150 mil casas, além de 250 escolas, 89 prédios públicos e 52 unidades de saúde. Quase 110 mil estudantes foram afetados, segundo a atualização do INGD.

O plano de resposta exige US$ 352 milhões para lidar com os impactos do conflito em andamento, bem como com os efeitos projetados das mudanças climáticas no país durante a estação chuvosa de 2024-2025.

Até o momento, a ONU e seus parceiros, em estreita colaboração com o governo moçambicano, ajudaram mais de 63 mil pessoas com suprimentos humanitários, incluindo alimentos, abrigo e assistência médica, informou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

No entanto, segundo a agência, a escala e o alcance da devastação do Chido sobrecarregaram a capacidade existente das agências humanitárias, que estão enfrentando recursos já esgotados. É necessário financiamento adicional para a resposta com urgência.