Maputo, 22 dez (Xinhua) -- O número de mortos pelo ciclone Chido, um poderoso ciclone tropical que atingiu o norte de Moçambique no último fim de semana, subiu para 94, enquanto o número de feridos subiu para 768, de acordo com a última atualização do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
O ciclone, que atingiu a costa em 15 de dezembro com chuvas e tempestades devastadoras, causou destruição generalizada nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa. Mais de 123 mil famílias, o equivalente a 622.610 pessoas, foram afetadas, e mais de 140 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas, observou a agência nacional de ajuda a desastres.
O relatório também destacou graves impactos na infraestrutura pública, com 250 escolas, 89 prédios públicos e 52 unidades de saúde danificados. Além disso, vastas áreas agrícolas foram inundadas, agravando as vulnerabilidades da região.
Para ajudar as vítimas, o INGD criou dois centros de acolhimento, que albergam atualmente 1.349 pessoas. No entanto, o escopo da destruição apresenta desafios significativos para a recuperação e a assistência humanitária.
Num discurso televisionado a partir do Palácio Presidencial na noite de quinta-feira, o presidente Filipe Nyusi anunciou o decreto de luto nacional de dois dias, enviando as suas condolências às famílias das vítimas e aos afetados pela calamidade.
Autoridades e organizações humanitárias internacionais continuam a pedir apoio para atender às necessidades urgentes das comunidades afetadas.