Exportações de produtos fotovoltaicos da cidade chinesa de Wenzhou para o Brasil aumentam 160% nos primeiros 10 meses-Xinhua

Exportações de produtos fotovoltaicos da cidade chinesa de Wenzhou para o Brasil aumentam 160% nos primeiros 10 meses

2024-12-23 11:44:15丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 23 dez (Xinhua) -- Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações de produtos fotovoltaicos da cidade chinesa de Wenzhou para o Brasil somaram mais de 500 milhões de yuans (US$ 70 milhões), um aumento impressionante de 163,6% ante o mesmo período do ano passado, de acordo com estatísticas da autoridade aduaneira de Wenzhou.

O crescimento reflete o desenvolvimento robusto do mercado de energia solar do Brasil. Atualmente, o Brasil está entre os países que mais crescem em capacidade instalada de energia solar no mundo, a qual já alcançou 24 GW em 2022, posicionando o país como o oitavo maior do mundo. Em 2023, a capacidade total já havia crescido para 34,9 GW, com a energia solar respondendo por mais de 15% da capacidade total de geração de eletricidade no Brasil.

Esses números destacam o papel estratégico do Brasil no cenário global de energia renovável, bem como a relevância das parcerias comerciais entre China e Brasil no setor fotovoltaico.

Entre os principais exportadores de produtos fotovoltaicos de Wenzhou para o Brasil, a empresa Yueqing Chint Solar Technology Co., Ltd, filial do Chint Group, se destaca como o líder, exportando principalmente módulos fotovoltaicos do tipo n-TOPCon para mercados como o brasileiro.

Os módulos fotovoltaicos n-TOPCon possuem algumas vantagens como maior capacidade de geração de energia e maior taxa de eficiência bifacial, e estão gradualmente substituindo os módulos fotovoltaicos tradicionais do tipo p, tornando-se o produto predominante no mercado fotovoltaico da próxima geração.

Nos últimos anos, os países da América do Sul, especialmente o Brasil, se tornaram importantes polos de crescimento do mercado global de energia fotovoltaica. Devido à excelente relação custo-benefício dos produtos fotovoltaicos fabricados na China, esses produtos têm se tornado muito populares no mercado brasileiro, segundo a empresa chinesa.

A Chint desembarcou no mercado brasileiro em 1998 e, após anos de desenvolvimento, conquistou um alto reconhecimento de marca no país com seus canais de distribuição abrangendo 70% das regiões do Brasil.

Em junho, a Chint participou da Conferência e Exposição Internacional de Geração de Energia Fotovoltaica e Energia Inteligente (SNEC PV+), realizada em Shanghai, e assinou com a Atlas Renewable Energy, a maior empresa de geração de energia e investimentos em energias renováveis da América Latina, um acordo de cooperação em estrutura para 700 MW. As duas partes concordaram em integrar suas vantagens para expandir conjuntamente o mercado brasileiro.

O Brasil já se tornou o segundo maior destino de exportação de módulos fotovoltaicos da China. A China ocupa uma posição de liderança global na fabricação de equipamentos fotovoltaicos, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, além da integração da cadeia produtiva.

A inovação tecnológica e a produção em larga escala contribuíram para um aumento significativo nas exportações de módulos fotovoltaicos da China, consolidando continuamente sua competitividade no mercado internacional. Em 2023, a China exportou para o Brasil US$ 4,78 bilhões em módulos fotovoltaicos, respondendo por uma participação de 12% no mercado. Nos três primeiros trimestres deste ano, o Brasil importou aproximadamente 16,72 GW de módulos fotovoltaicos da China, superando a Índia, que importou 14,11 GW.

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