(Multimídia) Emissão de certificados verdes na China dispara em meio ao crescimento da energia limpa-Xinhua

(Multimídia) Emissão de certificados verdes na China dispara em meio ao crescimento da energia limpa

2024-11-21 18:07:15丨portuguese.xinhuanet.com
Foto mostra cerimônia de celebração à conquista, pela primeira vez, da superação da produção de 10 milhões de unidades de veículos de nova energia em um único ano pela China, em Wuhan, Província de Hubei, no centro da China, em 14 de novembro de 2024. (Xinhua/Xiao Yijiu)

   Beijing, 21 nov (Xinhua) -- A Administração Nacional de Energia (ANE) da China informou nesta quinta-feira que emitiu 1,23 bilhão de certificados de eletricidade verde (GECs, sigla em inglês) em outubro, uma vez que a China, líder global em energia limpa, continua a progredir em direção às suas metas de pico e neutralidade de carbono.

   Os certificados, que representam a produção de energia renovável, incluíram 530 milhões de energia eólica, ou 43,01% do total, e 197 milhões de energia solar, correspondendo a 16,02%.

   Até o fim de outubro, a China havia emitido cumulativamente 3,55 bilhões de GECs, com certificados de energia eólica e solar totalizando 1,32 bilhão e 681 milhões, respectivamente.

   Os GECs são a única prova dos atributos ambientais da energia renovável na China e servem como o único certificado para verificar a produção e o consumo de energia renovável, de acordo com as regras relevantes.

   No mês passado, 25,42 milhões de GECs foram negociados em todo o país. Cumulativamente, até o fim de outubro, 384 milhões de GECs haviam sido negociados, informou a ANE.

   A China introduziu o sistema de certificados verdes como um programa-piloto em 2017. Em dezembro de 2023, a ANE emitiu o primeiro lote de GECs, totalizando 11,91 milhões, após ser designada como a autoridade responsável pela gestão do GEC.

   A China estabeleceu a estrutura de política mais sistemática e abrangente do mundo sobre redução de emissões de carbono, alcançando resultados significativos na transição energética, disse Wen Hua, funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o mais alto órgão de planejamento econômico do país.

   A capacidade total instalada de energia eólica e solar atingiu as metas internacionalmente comprometidas do país mais de seis anos antes do previsto, disse Wen em um evento do Pavilhão da China em 15 de novembro, durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), em Baku, no Azerbaijão.

   A estrutura industrial da China foi otimizada e atualizada, resultando na maior e mais completa cadeia do setor de nova energia do mundo, disse Wen, acrescentando que a produção anual de veículos de nova energia da China já ultrapassou a marca de 10 milhões em 2024.

   A expansão da energia renovável da China continua a bater novos recordes, com mais de 200 milhões de quilowatts de capacidade recém-instalada para geração de energia renovável nos três primeiros trimestres de 2024, representando mais de 80% do total da nova capacidade instalada.

   As instalações de energia eólica e solar lideraram o crescimento, com a energia solar adicionando 161 milhões de quilowatts e a energia eólica contribuindo com 39,12 milhões de quilowatts nesse período, segundo os dados oficiais.

   Em 2023, o consumo total de eletricidade GEC da China atingiu 105,9 bilhões de kWh, representando um aumento anual de 281,4%, enquanto a China emergiu como o maior mercado do mundo para o comércio de certificados verdes, de acordo com um relatório divulgado em agosto de 2024 por um instituto de pesquisa da China Southern Power Grid.

   Esse rápido crescimento está alinhado com a meta da China de atingir o pico de emissões de carbono antes de 2030, de acordo com a CNDR.

   Há quatro anos, a China anunciou suas metas duplas de carbono de atingir o pico das emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Desde então, a China tem avançado constantemente na transição energética e alcançado avanços notáveis, contribuindo significativamente para a resposta climática e a transição ecológica globais.

   A China está realizando uma rápida transformação na estrutura de energia, disse o renomado economista norte-americano Jeffrey Sachs em uma recente entrevista à Xinhua, observando que o país também está possibilitando essa transformação em todo o mundo ao exportar tecnologias ecológicas, que são uma parte fundamental da solução para a mudança climática, por meio de boas parcerias em todo o mundo.

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