Comentário: G20 deve liderar a governança econômica global em direção à justiça-Xinhua

Comentário: G20 deve liderar a governança econômica global em direção à justiça

2024-11-19 13:02:34丨portuguese.xinhuanet.com

Homem passa por um logotipo do G20 durante a Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro, Brasil, em 21 de fevereiro de 2024. (Xinhua/Wang Tiancong)

Em um momento crítico em que o mundo enfrenta uma escolha entre divisão e cooperação, o G20 pode liderar pelo exemplo, provando que a cooperação global não é um jogo de soma zero, mas um esforço compartilhado para construir um futuro mais justo e próspero para todos.

Beijing, 17 nov (Xinhua) -- No momento em que os líderes mundiais se reunirão no Rio de Janeiro, Brasil, para a 19ª Cúpula do G20, o momento exige medidas decisivas para a criação de uma comunidade global mais justa, sustentável e inclusiva.

Com o lema "Construindo um mundo justo e um planeta sustentável", a cúpula apresenta uma oportunidade crítica para recalibrar a governança econômica global e traçar um caminho para o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

A influência do G20 é inigualável. Com cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial, o G20 possui tanto o peso econômico quanto a diversidade para promover as mudanças de que o mundo precisa com urgência.

Esta cúpula marca a primeira reunião de líderes do G20 desde a inclusão da União Africana (UA) como membro pleno, um marco histórico que fortalece a voz do Sul Global.

Entretanto, a inclusão por si só não é suficiente. O G20 deve garantir que a voz da UA e do Sul Global em geral não seja apenas ouvida, mas também traduzida em influência tangível.

Como um fórum que representa as maiores economias do mundo, o G20 tem a responsabilidade de defender os interesses genuínos do Sul Global por meio de medidas concretas, incluindo a priorização do financiamento de infraestrutura adaptado às necessidades dos países do Sul Global e a expansão do acesso a tecnologias verdes.

Lamentavelmente, em um mundo cada vez mais dividido, alguns políticos ocidentais recorreram a uma campanha de difamação contra a cooperação para o desenvolvimento entre a China e a África. Desprezando os benefícios transformadores que esses projetos trazem para as economias locais, eles fazem críticas infundadas que revelam não apenas sua parcialidade, mas também uma desconsideração fundamental pelas prioridades de desenvolvimento do Sul Global.

Essa miopia ressalta a urgência de o G20 romper com essa retórica divisiva e promover uma ordem global mais inclusiva e equitativa.

O G20 também deve adotar uma postura firme contra o crescente protecionismo, que ameaça desfazer o progresso duramente conquistado da prosperidade global.

Medidas protecionistas como tarifas, barreiras comerciais e outras práticas injustas são frequentemente vendidas como soluções para os desafios domésticos, mas seu verdadeiro custo é suportado pela economia global, principalmente pelas nações em desenvolvimento que dependem de mercados abertos para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento.

Longe de oferecer soluções, as políticas protecionistas exacerbam as desigualdades, sufocam o progresso e obstruem os esforços globais para enfrentar as crises globais compartilhadas.

Tomemos como exemplo a recente tentativa de Washington e de alguns de seus aliados de suprimir o setor de veículos elétricos da China sob o pretexto de lidar com o chamado "excesso de capacidade". A manobra não apenas prejudica a cooperação internacional em tecnologias verdes, mas também põe em risco a luta global contra as mudanças climáticas.

Ao erguer barreiras comerciais, os países aumentam os riscos de desacelerar a inovação, interromper as cadeias de suprimentos e restringir o acesso a soluções sustentáveis e econômicas de que o mundo precisa com urgência.

É evidente que as medidas são míopes, pois não apenas prejudicam setores específicos, mas também sabotam a busca mais ampla do desenvolvimento sustentável e das metas climáticas.

Em um momento crítico em que o mundo enfrenta uma escolha entre divisão e cooperação, o G20 pode liderar pelo exemplo, provando que a cooperação global não é um jogo de soma zero, mas um esforço compartilhado para construir um futuro mais justo e próspero para todos.

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