Changsha, 26 jul (Xinhua) -- "Tudo na China parece novo para mim, com seu rápido desenvolvimento tecnológico e construção urbana aprimorada", disse Viviane Brito, de 36 anos, vice-presidente da Organização de Juventude do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), que visitou a China pela primeira vez este ano, "vejo um país com espírito de inovação e abertura e sinto que a cooperação China-África tem um grande potencial".

De 24 a 26 de julho, Brito visitou Changsha, na Província de Hunan, no centro da China, como membro da Delegação dos Líderes Jovens de Partidos dos Países Africanos da Língua Portuguesa no Sétimo Fórum China-África do Povo. A delegação é composta por 14 jovens líderes de 5 países, incluindo Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, com uma idade média de cerca de 35 anos. Eles também foram ao Parque de Demonstração de Promoção e Inovação da Cooperação Comercial China-África para uma visita de campo.

Muitos jovens líderes da delegação estão otimistas sobre as perspectivas de cooperação entre a China e a África, acreditando que o avanço contínuo da modernização chinesa trará mais oportunidades de desenvolvimento para os países africanos.

"Embora a China e a África estejam muito distantes geograficamente, são intimamente ligadas há muito tempo, já que ambos os lados têm um forte desejo de benefício mútuo e desenvolvimento comum", disse Brito, acrescentando que tais eventos fornecem uma plataforma para trocas entre jovens chineses e africanos, e assim impulsionam a amizade tradicional entre os dois lados.

Mais de 200 representantes de mais de 50 países africanos participaram dos eventos realizados conjuntamente pelo Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e pelo Comitê Provincial de Hunan do PCCh. Nove fóruns paralelos foram realizados em cinco cidades de Hunan, cobrindo tópicos como economia, cultura, meio ambiente, mídia, gênero e caridade.

Binta Injai, coordenador de Europa da Organização de Juventude do PAICV, disse à Xinhua que a China estendeu uma mão para países africanos em tempos difíceis para ajudar nosso desenvolvimento sustentável na agricultura, indústria e infraestrutura. Com o alto nível de abertura da China, a cooperação China-África demonstra possibilidades infinitas, especialmente em economia e comércio.

"Meu país está enfrentando muitos desafios na economia, estrutura social e preservação ambiental", disse Injai, "A China tem sido realmente uma amiga necessitada da Guiné-Bissau". Injai destacou que, após a reforma e abertura, a China abraça Guiné-Bissau com abertura e altruísmo, auxiliando na construção de muitas infraestruturas, como o Palácio Presidencial, o Hospital da Amizade China-Guiné-Bissau e um Porto Pesqueiro. Os dois países também têm cooperação de longo prazo em agricultura e pesca.

Com a Declaração Conjunta entre a República Popular da China e a República da Guiné-Bissau sobre o Estabelecimento da Parceria Estratégica, lançada em 10 de julho, a amizade entre os dois países atingiu um novo marco. A declaração mencionou que os dois países expandirão a cooperação em novas áreas, como mineração, energia, economia azul e economia digital.

Brito, que atuou na área política há três anos, demonstra interesse especial na cooperação educacional entre China e Cabo Verde. "A Universidade de Cabo Verde foi construída com a ajuda da China e também formou um grupo de estudantes proficientes em chinês", disse ela, observando que a educação está relacionada com o futuro de uma sociedade, especialmente porque a educação permite que as mulheres quebrem barreiras e desempenhem um papel mais ativo no desenvolvimento social.

Brito disse que se sentiu empolgada após a visita. Ela planeja avaliar as necessidades locais de Cabo Verde e se conectar com as empresas chinesas adequadas. "Há um forte vínculo entre a China e a África, e acredito que a cooperação trará mais prosperidade para as comunidades locais no futuro."