Alegação da OTAN contra a China revela estratégia disruptiva-Xinhua

Alegação da OTAN contra a China revela estratégia disruptiva

2024-07-14 11:24:54丨portuguese.xinhuanet.com

Líderes participantes da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) posam para foto de grupo em Washington, D.C., Estados Unidos, no dia 9 de julho de 2024. (OTAN/Divulgação via Xinhua)

Sendo uma relíquia anacrônica da Guerra Fria, as políticas expansionistas e as ações intervencionistas da OTAN exacerbaram frequentemente as tensões globais, em vez de aliviarem, como sempre afirmou.

Beijing, 12 jul (Xinhua) -- A recém-concluída cúpula da OTAN em Washington teve muitas alegações contra a China em relação à crise na Ucrânia, destacando como a aliança militar depende do fomento do medo e de bodes expiatórios para justificar sua existência.

A afirmação da OTAN de que a China é um “facilitador decisivo” do conflito prolongado não é apenas um flagrante desrespeito pelos fatos, mas também uma tentativa falha de desviar a atenção global da principal responsabilidade da OTAN pela crise, além de seu papel desestabilizador no mundo.

Essa campanha difamatória contra a China revela a hipocrisia da OTAN, especialmente tendo em conta o histórico da própria aliança militar de intervenções militares não provocadas e de violações do direito internacional.

Sendo uma relíquia anacrônica da Guerra Fria, as políticas expansionistas e as ações intervencionistas da OTAN exacerbaram frequentemente, as tensões globais, em vez de aliviarem, como sempre afirmou.

Desde o colapso da União Soviética, o bloco hegemônico se expandiu cinco vezes para leste, corroendo o espaço de segurança daqueles que estão fora do bloco na busca por sua própria segurança absoluta. Esses movimentos obstinados ao longo das décadas ignoraram as preocupações legítimas de outros, especialmente da Rússia, preparando o terreno para o atual conflito sangrento.

A China não é criadora nem participante da crise da Ucrânia. Pelo contrário, tem trabalhado consistentemente na mediação e promovido conversas de paz. Apesar da transferência de culpa por parte da OTAN, a posição imparcial e o papel construtivo da China foram amplamente reconhecidos pela comunidade internacional.

Em contraste, os membros da OTAN sob a liderança dos EUA aumentaram seus armamentos e conduziram exercícios militares em uma escala cada vez maior, afetando gravemente a paz e a estabilidade regionais. Seu crescente apoio militar à Ucrânia também alimentou o conflito Rússia-Ucrânia.

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg (centro), preside reunião de ministros da defesa da OTAN na sede da organização em Bruxelas, Bélgica, no dia 14 de junho de 2024. (Xinhua/Zhao Dingzhe)

Durante a cúpula recém-concluída, Washington intensificou os esforços para incentivar um clima de “russofobia”, pressionando os aliados a atribuir mais armas e ajuda financeira à Ucrânia, correndo o risco de empurrar a região para um limbo.

A comunidade internacional não se engana; está ficando cada vez mais evidente que Washington e a OTAN estão incentivando e servindo como “facilitadores decisivos” do conflito.

Após a eclosão do conflito Rússia-Ucrânia, John Mearsheimer, professor de ciências políticas na Universidade de Chicago, destacou que “os Estados Unidos são os principais responsáveis ​​por causar a crise na Ucrânia”.

“Meu ponto principal, no entanto, é que os Estados Unidos impulsionaram políticas em relação à Ucrânia que (o presidente russo, Vladimir) Putin e seus colegas veem como uma ameaça existencial ao seu país, um ponto que têm defendido repetidamente durante muitos anos”, escreveu Mearsheimer em um artigo chamado “As Causas e as Consequências da Guerra da Ucrânia”.

Sob o comando dos EUA, a OTAN também procura expandir seu âmbito muito além da região do Atlântico Norte, se aventurando em áreas como a Ásia-Pacífico, que nada tem a ver com seu mandato operacional.

Essa tentativa de expansão para a Ásia reflete a mentalidade duradoura da OTAN na Guerra Fria e levanta sérias preocupações sobre o papel da aliança no enfraquecimento da paz regional, devido ao seu longo histórico de quebra da paz.

A região Ásia-Pacífico não aceita nem precisa da OTAN nos assuntos regionais. A expansão da aliança na Ásia-Pacífico apenas aumentará os riscos geopolíticos e reduzirá a prosperidade e a estabilidade da região, que dura décadas.

A OTAN perdeu sua utilidade e virou apenas uma ferramenta de Washington para fins puramente geopolíticos. Os apoiadores da paz em todo o mundo devem ficar muito atentos.

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