Beijing, 28 abr (Xinhua) -- A Air China, companhia aérea emblemática nacional, retomou oficialmente neste domingo seus serviços aéreos de passageiros Beijing-Madri-São Paulo, após um hiato de mais de quatro anos.

   Os voos, que foram suspensos desde a pandemia da COVID-19, foram reiniciados quando uma aeronave Boeing 787-9, transportando mais de 263 passageiros, partiu do Aeroporto Internacional Capital de Beijing por volta das 15h00 (horário de Beijing), marcando o retorno da Air China ao mercado sul-americano.

   Cobrindo uma vasta distância de 17.584 quilômetros, os voos levarão mais de 25 horas para chegar ao Brasil e, assim, a empresa opera um dos voos mais longos do mundo com uma única parada.

   De acordo com a companhia, o voo é realizado às quintas-feiras e aos domingos, decolando de Beijing às 15h00, com uma escala técnica em Madri, na Espanha, e deve chegar a Guarulhos, São Paulo, no Brasil às 5h05 (horário local) do dia seguinte.

   Quanto ao voo de volta, decola às 9h15, em São Paulo, e chegará a Beijing às 19h30 do dia seguinte. A duração é de cerca de 23 horas e 15 minutos.

   "Não preciso mais despachar novamente as malas em conexão ou pernoitar em um terceiro país", disse Cao Yangzi, que pegou esse voo em 2019 para estudar no exterior. A rota aérea carrega as preciosas memórias dela com seus colegas no Brasil.

   Por outro lado, Daniela Tassy, brasileira do interior de São Paulo morando em Beijing, ficou animada ao saber da retomada. "Diminuir o tempo de voo entre Brasil e China faz com que nós tenhamos mais oportunidades tanto na área de negócios como também turismo. As pessoas vão sentir que China e Brasil estão mais perto um do outro", disse ela.

   Zhou Yeting, gerente de planejamento de voos de longo prazo da Air China, disse que a retomada do voo apoiará e promoverá continuamente os intercâmbios econômicos, culturais e interpessoais entre a China e o Brasil.

   "Nós aumentaremos ainda mais as frequências de voo de acordo com as condições do mercado. No futuro, a Air China também promoverá ativamente a cooperação com as companhias aéreas brasileiras, acelerará a restauração da conectividade da rede, otimizará continuamente os serviços, aprimorará as experiências de viagem dos passageiros e atenderá a diversas necessidades de viagem", disse Zhou.

   Além de retomar o voo, a China também lançou várias medidas para facilitar o intercâmbio interpessoal com o Brasil. A partir de 19 de fevereiro de 2024, os chineses e brasileiros podem solicitar vistos com validade de até 10 anos e múltiplas entradas para fins de negócios, turismo e visitas familiares.