Comentário: Tecnologia e experiência chinesas ajudam a avançar a transformação digital da África-Xinhua

Comentário: Tecnologia e experiência chinesas ajudam a avançar a transformação digital da África

2023-11-15 10:03:07丨portuguese.xinhuanet.com

Foto aérea tirada em 10 de agosto de 2023 mostra o Centro Digital de Dados Delta em Gaborone, Botsuana. (Filial botsuana da CJIC/Divulgação via Xinhua)

"A China participou ativamente da construção da infraestrutura de internet africana e forneceu suporte de TIC para ajudar os países africanos a acelerar sua integração na economia digital global", disse um professor tanzaniano.

Nairóbi, 13 nov (Xinhua) -- Desde a construção de infraestrutura de internet ao lançamento do comércio eletrônico e pagamentos móveis até a criação de plataformas de entretenimento digital, as empresas chinesas têm participado ativamente da transformação digital da África, ajudando o segundo continente mais populoso do mundo a alcançar outras regiões do mundo.

 

INFRA-ESTRUTURA INTERNET

Em dezembro de 2022, a conexão de alta velocidade à internet foi disponibilizada pela primeira vez no Pico Uhuru, o topo da montanha mais alta da África, Kilimanjaro, a quase 5.900 metros acima do nível do mar, bem como em acampamentos e cabanas ao longo do caminho.

Visitantes e escaladores desde então podem compartilhar postagens nas redes sociais. Mais importante ainda, eles agora podem pedir ajuda em caso de emergência.

"Costumava ser perigoso subir quando não havia cobertura de rede na montanha. Agora, podemos verificar informações sobre o clima e rotas a qualquer momento durante o montanhismo. Isso aumenta a sensação de segurança dos turistas", disse Sebastian Mbilinyi, guia local.

Como parte do projeto-chave da Rede Nacional Principal de Banda Larga de TIC do governo da Tanzânia, a rede de internet do monte Kilimanjaro foi construída pela Tanzania Telecommunications Corporation em parceria com a gigante chinesa de tecnologia Huawei, com esta última fornecendo a maioria dos equipamentos de telecomunicações.

O Centro Digital de Dados Delta de Botsuana, construído pela filial botsuana da China Jiangxi International Economic and Technical Cooperation Co., Ltd. (CJIC), é outro caso de envolvimento das empresas chinesas na construção de infraestrutura digital dos países africanos.

Localizado no Centro de Inovação de Botsuana em Gaborone, capital do país, o centro de dados situado em um edifício de dois andares equipado com instalações auxiliares se tornará o maior centro de dados do país quando entregue no final deste ano.

Zhu Yahan, gerente de projeto, disse que o centro de dados é vital para garantir a segurança de dados de rede do Botsuana. "Espera-se também um aumento significativo da velocidade da internet, o que promoverá o desenvolvimento da economia digital no país."

"Este centro é uma instalação que acreditamos que vai transformar o ecossistema de TIC em Botsuana", disse Keabetswe Segole, CEO interino da BoFiNet.

Em comparação com outros lugares do mundo, a infraestrutura de internet na África ainda é fraca. O relatório "Medindo o desenvolvimento digital: Fatos e Números 2022" divulgado pela União Internacional de Telecomunicações mostra que dois terços da população mundial usa a internet, enquanto a média para África é de apenas 40% da população.

Desde a fundação do O Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, em inglês) em 2000, as empresas chinesas ajudaram os países africanos a construir uma rede de comunicação de 150.000 km e um serviço de rede que cobre quase 700 milhões de terminais de usuários, de acordo com o livro branco "China e África na Nova Era: Uma Parceria de Iguais".

"A China participou ativamente da construção da infraestrutura de internet africana e forneceu suporte de TIC para ajudar os países africanos a acelerar sua integração na economia digital global", disse Humphrey Moshi, professor de economia da Universidade de Dar es Salaam, na Tanzânia.

Funcionárias d Kilimall trabalham em um armazém em Mlolongo, Quênia, em 10 de novembro de 2023. (Xinhua/Li Yahui)

COOPERAÇÃO EM MATÉRIA DE COMÉRCIO Electrónico

À medida que a temporada de compras "Black Friday" se aproxima, a sede da Kilimall localizada na periferia de Nairóbi, a capital do Quênia, já está em pleno andamento. As prateleiras, com vários metros de altura, são preenchidas com uma variedade diversificada de mercadorias da China e de outros países.

Fundada em 2014 por uma empresa de tecnologia da informação baseada em Changsha, na província chinesa de Hunan, a Kilimall se tornou agora uma importante plataforma de comércio eletrônico na África Oriental e um dos sites de compras mais populares entre os africanos. No primeiro semestre deste ano, mais de 8.000 empresas e indivíduos de países africanos e da China administravam um total de 12.000 lojas na plataforma, vendendo cerca de 1 milhão de variedades de mercadorias.

"A experiência da China no comércio eletrônico traz inspiração para empreendedores africanos", disse Dickson Nganga, supervisor de marketing da Kilimall.

Alibaba.com, Kikuu, Shein e outras plataformas chinesas também entraram no mercado africano. Como o comércio eletrônico se tornou um motor para a cooperação econômica e comercial em rápido crescimento entre a China e a África, ambas as partes também fizeram esforços em treinamento de talentos para ajudar os jovens africanos a adquirir habilidades relevantes.

A China Merchants Foundation e o governo do Djibuti investiram conjuntamente na criação do Centro de Inovação e Excelência Marítima, um projeto de capacitação sem fins lucrativos destinado a aumentar a liderança e o empreendedorismo dos jovens do Djibuti e da África Oriental.

Arafo Hassan Barbad, do Djibuti, que participou do primeiro campo de treinamento em setembro passado, disse que os cursos eram "muito interessantes, práticos e perspicazes" e ajudou a estabelecer uma base sólida para ela começar seu próprio negócio.

Desde 2019, a China criou uma dúzia de Oficinas Luban em toda a África, oferecendo treinamento em telecomunicações, fabricação inteligente, tecnologia de automação elétrica e comércio eletrônico. Em abril de 2021, os padrões de ensino profissional de comércio eletrônico desenvolvidos pelo Politécnico de Jinhua da China e seus parceiros ruandeses foram incorporados ao Quadro de Qualificações Educacionais do país.

Foto tirada em 17 de setembro mostra um homem fazendo transação em um agente off-line da OPAy Nigéria em um subúrbio de Abuja, Nigéria. (Xinhua/Guo Jun)

AMPLOS DOMÍNIOS DE COOPERAÇÃO

O comércio eletrônico é apenas um microcosmo da cooperação digital China-África em rápida expansão. Um número crescente de empresas chinesas também está compartilhando sua experiência em pagamentos digitais e entretenimento, elevando o padrão de vida das pessoas aqui.

Uma prática diária para John Chukwuemeka, um revendedor de peças de reposição de automóveis da capital nigeriana, Abuja, é fazer transações financeiras rápidas em um agente da OPAy perto de sua loja. "Não me lembro da última vez que estive no banco", disse Chukwuemeka.

A OPAy, iniciada por um empreendedor chinês no centro econômico nigeriano de Lagos em 2018, viu um rápido crescimento em seus serviços de pagamento móvel no país. Para Chukwuemeka e muitos outros comerciantes no mercado, o agente da OPAy permite que eles depositem, enviem e recebam dinheiro e paguem contas de forma segura e conveniente.

Asnake Nigussie, um ciclista que trabalha para a beU Entrega, verifica pedidos on-line em seu telefone em Addis Abeba, Etiópia, em 19 de julho de 2022. (Xinhua/Michael Teweld)

Fundada em 2021, a beU Entrega é um provedor de serviços de entrega de alimentos sob demanda estabelecido com investimento chinês, cujos parceiros agora incluem quase todos os principais restaurantes da cidade.

"Estou feliz que, com a ajuda da beU, agora estou alcançando uma pessoa muito maior, independentemente das limitações geográficas que tínhamos", disse Birhan Gebremedhin, proprietário de restaurante em parceria com a beU Entrega, que destacou a máxima segurança, velocidade de entrega e base de clientes em constante crescimento como uma qualidade distinta no trabalho com a plataforma de entrega.

A Transsion, fabricante de smartphones com sede na China, é a vendedora número 1 de smartphones da África há anos. A empresa agora está se expandindo para a área de aplicativos móveis, atraindo cada vez mais usuários com sua plataforma de mídia de streaming de música Boomplay, agregador de notícias Scooper News, plataforma de compartilhamento de vídeo curto Vskit, entre outros.

Durante a Copa do Mundo FIFA de 2022 realizada no Catar, o Scooper News lançou a coluna "Copa do Mundo", com resultados atualizados ao vivo e interação online, que ganhou popularidade entre os fãs de futebol africanos.

"Com a população mais jovem do mundo, o continente africano está passando por rápida urbanização e integração regional, o que torna a economia digital em África promissora. Acredita-se que, com a ajuda da China, África irá acelerar o ritmo da transformação digital", disse Costantinos Berhutesfa, professor de políticas públicas da Universidade de Adis Abeba.

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