A delegação de enviados visita o centro de controle operacional na estação de Nairóbi da ferrovia Mombaça-Nairóbi em Nairóbi, Quênia, no dia 6 de outubro de 2023. (Xinhua/Wang Guansen)

A ferrovia de bitola padrão (SGR, em inglês) Mombaça-Nairóbi, construída pela China, tem sido um catalisador para a transformação no Quênia desde o seu lançamento há seis anos, disse um grupo de enviados estrangeiros baseados no Quênia.

Nairóbi, 8 out (Xinhua) -- A ferrovia de bitola padrão (SGR, em inglês) Mombaça-Nairóbi, construída pela China, tem sido um catalisador para a transformação no Quênia desde o seu lançamento há seis anos, disse um grupo de enviados estrangeiros baseados no Quênia.

Falando durante uma viagem no trem de passageiros da SGR de Nairóbi, capital do Quênia, para a cidade costeira de Mombaça na sexta-feira, os enviados observaram que o projeto ferroviário moderno desencadeou uma miríade de benefícios, incluindo a mobilidade contínua de pessoas e cargas, revitalização do comércio e investimentos ao longo de seu corredor de 472 km.

O embaixador chinês no Quênia, Zhou Pingjian, foi acompanhado por embaixadores da Rússia, Irã, Arábia Saudita, Brasil, África do Sul, Egito, Hungria e Etiópia para experimentar a viagem segura, eficiente e rápida garantida pelo trem de passageiros da SGR.

A delegação de enviados, que incluiu Maimunah Mohd Sharif, diretora executiva do Programa para Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-HABITAT), assistiu a vídeos promocionais para marcar o sexto aniversário do lançamento do Mombaça-Nairóbi SGR em 31 de maio de 2017 e visitou o centro de controle operacional e o monumento China-Quênia antes de embarcar na viagem.

O embaixador russo no Quênia, Dmitry Maksimychev, disse que a viagem lhe ofereceu uma plataforma para experimentar os benefícios da cooperação China-Quênia, acrescentando que o projeto da SGR é um modelo de transferência de tecnologia para estimular o desenvolvimento inclusivo.

Além disso, Maksimychev observou que o moderno projeto ferroviário aderiu ao espírito de proteção ecológica durante sua construção, além de melhorar a conectividade entre as duas maiores cidades do Quênia, que são centros comerciais e logísticos.

O instrutor chinês Jiang Liping (d) e o aprendiz Horace Owiti passam por um vagão de trem na ferrovia Mombaça-Nairóbi em Nairóbi, Quênia, no dia 23 de maio de 2023. (Xinhua/Wang Guansen)

Um dos primeiros frutos da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China, a ferrovia de bitola padrão Mombaça-Nairóbitambém é um projeto emblemático do plano de desenvolvimento de longo prazo da Visão 2030 do Quênia.

A ferrovia é um componente essencial do Corredor Norte da Rede Ferroviária da África Oriental e foi selecionada como o Projeto Ferroviário de Destaque Global de 2018 pela revista semanal Engineering News-Record.

A construção da primeira fase do projeto da ferrovia de 472 km de Mombaça a Nairóbi, que começou em 12 de dezembro de 2014, foi concluída dois anos e meio depois, antes do previsto. A construção da fase 2A do projeto, que vai de Nairóbi até a cidade de Naivasha, no Vale do Rift, cobrindo 120 km, começou em outubro de 2016 e foi concluída em 16 de outubro de 2019.

Crianças esperam para embarcar em um trem na estação de Nairóbi da ferrovia Mombaça-Nairóbi em Nairóbi, Quênia, em 6 de outubro de 2023. (Xinhua/Wang Guansen)

Tendo operado sem grandes problemas por 2.314 dias a partir de 30 de setembro de 2023, a moderna linha ferroviária que se estende de Mombaça a Naivasha transportou 2.405 milhões de contêineres padrão e 28,609 milhões de toneladas métricas de mercadorias desde o seu recebimento.

O número de passageiros transportados pela Mombaça-Nairóbi-Naivasha SGR no mesmo período foi de 11,155 milhões, com uma taxa média de ocupação de assentos de 95,8%.

O embaixador iraniano no Quênia, Jafar Barmaki, disse que uma rede ferroviária moderna é um investimento estratégico para a nação da África Oriental, dada sua capacidade de facilitar a mobilidade, melhorar a conectividade e acelerar o progresso econômico.

Mninwa Johannes Mahlangu, o alto comissário da África do Sul no Quênia, disse que, devido ao seu impacto positivo na economia local e nos meios de subsistência, a ferrovia serviu de inspiração para outros países africanos em sua busca por revolucionar a mobilidade.