Mesa Redonda Econômica da China na capital Beijing, uma plataforma de conversa em todos os meios de mídia lançada pela Agência de Notícias Xinhua, com o primeiro episódio apresentando a economia chinesa. (Xinhua/Jin Liangkuai)

   Beijing, 18 jul (Xinhua) -- O desempenho econômico da China no primeiro semestre de 2023 mostrou sinais de recuperação diante de vários desafios, disseram palestrantes convidados à Mesa Redonda Econômica da China organizada pela Agência de Notícias Xinhua.

   O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,5% em termos homólogos no primeiro semestre de 2023, mostraram esta segunda-feira dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

   Fu Linghui, porta-voz do DNE, disse que o crescimento econômico acelerou significativamente em comparação com o do ano passado, o que é bastante notável dadas as flutuações e desacelerações econômicas globais.

   No período de janeiro a junho, a oferta de produção da agricultura e da indústria continuou a aumentar, a indústria de serviços e o consumo cresceram rapidamente e o desenvolvimento de alta qualidade fez progressos constantes, disse ele.

   Desde abril, organizações e instituições internacionais, como as Nações Unidas, o Banco Mundial e a OCDE, aumentaram suas expectativas para o crescimento econômico da China este ano, refletindo a confiança do mundo nas perspectivas de desenvolvimento econômico da China.

   "Enfrentando um crescimento econômico global lento e uma desaceleração no comércio global, a contribuição da demanda interna para o PIB chinês aumentou no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado e todo 2022", disse Li Hui, alta funcionária da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

   Ela observou que a taxa de crescimento do valor agregado industrial no setor de fabricação de equipamentos, acima do tamanho designado, excedeu a taxa de crescimento industrial geral. A produção de células solares, veículos de nova energia e postes de carregamento também aumentou.

   O investimento em indústrias de alta tecnologia e o investimento privado em infraestrutura e manufatura exibiram taxas de crescimento mais rápidas do que o investimento total, disse Li, acrescentando que todos esses destaques provam o desenvolvimento econômico de alta qualidade da China.

   Globalmente, o crescimento econômico mundial continua a abrandar e as pressões inflacionistas permanecem elevadas, levando a tendências econômicas divergentes entre os países.

   Liu Yuanchun, presidente da Universidade de Finanças e Economia de Shanghai, disse que o desempenho econômico da China no primeiro semestre representa, sem dúvida, um exemplo de crescimento de alta velocidade entre as principais economias.

   De acordo com Liu, é essencial entender essa rodada de recuperação de uma perspectiva global e histórica, especialmente levando em consideração a pandemia, desastres e grandes mudanças.

   "A recuperação na era pós-pandemia é diferente das recuperações normais e cíclicas que vimos no passado", disse ele, observando que essa rodada de recuperação começa na sociedade e nas transações e depois passa para o lucro e o balanço das empresas, que será um longo processo envolvendo flutuações.

   Li concordou que, apesar dos efeitos adversos resultantes das mudanças globais, a economia da China testemunhou uma recuperação, com preços estáveis e estabilidade financeira.