Beijing, 27 mai (Xinhua) -- Quase 26 anos após o retorno de Hong Kong, o Reino Unido ainda não acordou de seu sonho colonial e continua buscando interferir nos assuntos de Hong Kong por meio de um "relatório" enganoso, o que viola gravemente os princípios do direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, disse nesta sexta-feira Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
"Lamentamos e rejeitamos veementemente isso", exaltou ela em uma coletiva de imprensa diária.
Mao deu essas declarações ao ser questionado sobre o chamado relatório semestral emitido pelo governo britânico sobre Hong Kong na quinta-feira, que pediu a "remoção da Lei de Segurança Nacional" e afirmou que o Reino Unido continuará monitorando as mudanças eleitorais propostas para o Conselho Distrital de Hong Kong.
Mao afirmou que o suposto relatório está repleto de preconceitos ideológicos e é inconsistente com os fatos.
Observando que os residentes de Hong Kong agora desfrutam de muito mais direitos e liberdades em conformidade com a lei do que antes de 1997, Mao afirmou que a implementação eficaz da lei de salvaguarda da segurança nacional e do novo sistema eleitoral permitiu que Hong Kong entrasse em uma nova fase, na qual a ordem foi restabelecida e a prosperidade está se consolidando.
"O Reino Unido não tem soberania, jurisdição ou direito de 'supervisão' sobre Hong Kong desde seu retorno à China", lembrou Mao, acrescentando que a base legal para a administração do governo chinês sobre Hong Kong é a Constituição da China e a Lei Básica da Região Administrativa Especial de Hong Kong, e não a Declaração Conjunta Sino-Britânica.
"Hong Kong é Hong Kong da China e os assuntos de Hong Kong são puramente assuntos internos da China. Tentar difamar Hong Kong ou desmerecer suas perspectivas não mudará o curso estável da China de avançar com a política 'um país, dois sistemas'", disse Mao.