Rio de Janeiro, 22 mar (Xinhua) -- O Brasil está retomando a liderança mundial que teve em matéria ambiental anos atrás, afirmou nesta quarta-feira o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, que se encontra em visita oficial ao país sul-americano.
Barth Eide se reuniu nesta quarta-feira com a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, em um encontro no qual ambos reafirmaram a associação bilateral sobre clima e florestas, iniciada em 2008, com o lançamento do Fundo Amazônia, por parte do Brasil e a Iniciativa Internacional sobre Clima e Florestas (NICFI), da Noruega.
"O Brasil mostrou sua liderança mundial no passado e está fazendo isso agora, novamente", disse o ministro norueguês, para quem a comunidade internacional não deve poupar esforços para mobilizar todas as ferramentas e recursos disponíveis para se associar com o novo governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva, e reforçou que a Noruega está "profundamente comprometida a continuar sendo um parceiro próximo e de longo prazo do Brasil".
Barth Eide recordou que desde 2008, a Noruega apoia o Fundo Amazônia, que se converteu em um modelo para várias outras associações bilaterais. "Nos anos seguintes, o Brasil continuou obtendo uma redução notável no desmatamento da Amazônia e apresentou um dos resultados de mitigação climática mais importantes do mundo".
Tanto Barth Eide como Marina Silva defenderam uma "operacionalização rápida dos recursos disponíveis no Fundo Amazônia para apoiar as necessidades críticas identificadas pelo Brasil a fim de reduzir o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo na região amazônica".
O ministro norueguês disse que seu país vai apoiar o Brasil na mobilização de recursos adicionais para o Fundo Amazônia, bem como para aumentar a cooperação, os investimentos e o financiamento público e privado.
Ambos os ministros se comprometeram a trocar pontos de vista sobre a melhor maneira de aproveitar as oportunidades emergentes de diferentes abordagens, incluindo pagamentos baseados em resultados e mercados jurisdicionais de carbono.
