Reservatórios construídos pela China trazem água limpa para área atingida pela seca no Quênia-Xinhua

Reservatórios construídos pela China trazem água limpa para área atingida pela seca no Quênia

2022-11-22 12:04:14丨portuguese.xinhuanet.com


Crianças lavam as mãos antes de uma refeição em um jardim de infância em Kimuka, Quênia, em 10 de novembro de 2022. (Xinhua/Dong Jianghui)

Virginia Tarasha está em sua horta regando suas plantações e espera uma colheita abundante nos próximos meses, apesar da forte seca que afetou a maior parte do Quênia.

Nairóbi, 20 nov (Xinhua) -- Virginia Tarasha está em sua horta regando suas plantações e espera uma colheita abundante nos próximos meses, apesar da forte seca que afetou a maior parte do Quênia.

A mulher de 48 anos, mãe de três filhos, possui um terreno de meio hectare na região de Kimuka, localizado a cerca de 40 km a sudoeste de Nairóbi, capital do Quênia, e coberto por folhas verdes saudáveis, apesar do sol escaldante que paira sobre os arredores.

Tarasha disse à Xinhua em uma entrevista recente que sua sorte mudou para melhor quando ela começou a extrair água gratuita do projeto de abastecimento de água Kimuka-Oloishoibor, inaugurado em 2019 e localizado a poucos quilômetros de seu complexo.

“Agora tenho acesso a água suficiente para irrigar meu jardim durante todo o ano, independentemente de chover ou não”, disse Tarasha.

Ela acrescentou que antes do projeto chegar à sua área, ela tinha que caminhar pelo menos duas horas todos os dias com uma vasilha de água em busca da mercadoria e a agricultura não era prática devido à falta de chuva.

Tarasha disse que atualmente, sua horta em sua propriedade gera renda suficiente para permitir que ela atenda confortavelmente às suas necessidades diárias.

"Também tenho água limpa fluindo para minha casa desde que fui conectada ao projeto de água por meio de dutos", acrescentou.

Uma agricultora em frente a um tanque de água em sua casa em Kimuka, Quênia, em 10 de novembro de 2022. (Xinhua/Dong Jianghui)

O projeto de água foi operacionalizado depois que a China Road and Bridge Corporation (CRBC), que estava construindo a ferrovia de bitola padrão Nairóbi-Suswa, descobriu um aquífero subterrâneo durante a perfuração do túnel Ngong de 4,5 km.

Para beneficiar os moradores locais, a CRBC construiu dois reservatórios de água subterrâneos, cada um com capacidade de armazenamento de 800 metros cúbicos, que retém a água antes de ser distribuída à comunidade sem custo para os consumidores.

O aquífero e os reservatórios de água são atualmente mantidos pela AfriStar, que é a operadora dos serviços de transporte e frete da ferrpovia de bitola padrão Nairóbi-Suswa.

Obed Kirwa, o Supervisor Técnico de Trilhos da Oficina Nairóbi-Maai Mahiu da AfriStar, disse que desde que o projeto de água foi lançado, a área outrora seca agora é produtora de vários produtos agrícolas e pecuários.

Kirwa acrescentou que aproximadamente 5.000 famílias e 10.000 animais estão se beneficiando atualmente do projeto de água.

Ele observou que a área tem evitado em grande parte os efeitos negativos da seca contínua devido à presença de recursos hídricos abundantes.

Kirwa revelou que, para garantir que a área tenha um abastecimento contínuo de água limpa, a Afristar tem uma equipe dedicada que inspeciona regularmente o aquífero para confirmar que o sistema está funcionando sem problemas.

Ele disse que a água subterrânea que foi testada e considerada própria para consumo humano erradicou a escassez do precioso líquido nos arredores áridos.

“Antes do projeto de água ser estabelecido, as comunidades vizinhas costumavam percorrer longas horas a pé ou usando burros em busca de água, mas agora o problema foi resolvido”, disse Kirwa.

Liu Qican, que foi engenheiro estrutural da CRBC durante a construção da SGR, disse que a CRBC achou sensato aproveitar os recursos hídricos para o benefício da comunidade local, em vez de desperdiçar a água.

Catherine Kanya, professora do Cradle Education Center, localizado na área de Kimuka, disse que sua escola foi conectada ao projeto de água em 2019, o que se tornou uma grande bênção porque a escola costumava não ter uma fonte confiável de água limpa.

"Antes do projeto de abastecimento de água, tínhamos que caminhar cerca de duas horas por dia em busca de água", disse Kanya.

Ela acrescentou que a escola costumava depender da água de uma represa próxima, mas o problema era que ela estava contaminada, o que representava um grande problema de saúde.

Kanya disse que o projeto agora fornece água limpa para cozinhar refeições para os alunos, regar sua pequena fazenda e manter a limpeza geral no complexo.

Beatrice Wanjiku Sekuda, proprietária de cerca de 50 acres de terra na região de Kimuka, também é beneficiária do projeto de água.

"Minha terra estava praticamente ociosa e deixada para os animais pastarem antes de eu ser conectada ao projeto de água", disse Sekuda.

A mãe de sete filhos pratica atualmente a agricultura comercial em suas terras graças ao projeto de água que permite a agricultura irrigada durante todo o ano.

"Agora sou autossuficiente, pois vendo legumes, tomates e cebolas para as cidades próximas", disse Wanjiku.

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