O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres (2º, direita), fala durante coletiva de imprensa na 27ª sessão da Conferência das Partes (COP27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Sharm El-Sheikh, Egito, no dia 17 de novembro de 2022. Na conferência sobre mudanças climáticas da ONU em andamento, Guterres pediu na quinta-feira que os países que façam ações climáticas em vez de "apontar o dedo. (Xinhua/Sui Xiankai)

Sharm El-sheikh, Egito, 17 nov (Xinhua) -- Na conferência de mudança climática da ONU em andamento, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, pediu na quinta-feira aos países que façam ações climáticas em vez de "apontar o dedo".

Ele fez as declarações durante uma coletiva de imprensa na 27ª sessão da Conferência das Partes (COP27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que deve ser encerrada na sexta-feira na cidade costeira egípcia de Sharm El-Sheikh.

Guterres disse que a COP27 terminará em 24 horas, mas há claramente uma "quebra" de confiança entre Norte e Sul.

Não há tempo para apontar o dedo, observou ele, acrescentando que "o jogo de encontrar culpados é a receita para a destruição mútua".

Sobre as ações climáticas, Guterres pediu que as partes tomem medidas em três áreas críticas: resposta a perdas e danos, fechamento da lacuna de emissões e entrega de financiamento.

O chefe da ONU também pediu aos países desenvolvidos que cumpram a promessa de fornecer 100 bilhões de dólares americanos anualmente para os países em desenvolvimento e estabeleçam um roteiro confiável para dobrar o financiamento da adaptação.

Ele observou que os países desenvolvidos "devem" fornecer o apoio que os países em desenvolvimento precisam para desenvolver energia renovável e aumentar a resiliência climática.

"As energias renováveis ​​são a rampa de saída da rodovia do inferno climático", disse ele, repetindo suas observações anteriores sobre a chamada "rodovia para o inferno climático" feita na cúpula dos líderes da COP27.

Guterres pediu que se chegue rapidamente a um consenso na COP27, alertando que "o relógio do clima está andando e a confiança continua se desgastando".

Durante o briefing, o ministro das Relações Exteriores do Egito e presidente da COP27, Sameh Shoukry, enfatizou que ainda há muitas questões precisando de progresso na fase final da COP27.

As partes "estão evitando tomar decisões políticas difíceis", disse ele.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, fala durante coletiva de imprensa na 27ª sessão da Conferência das Partes (COP27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Sharm El-Sheikh, Egito, no dia 17 de novembro de 2022. Na conferência sobre mudanças climáticas da ONU, Guterres na quinta-feira pediu aos países que façam ações climáticas em vez de "apontar o dedo". (Xinhua/Sui Xiankai)

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres (frente), fala durante coletiva de imprensa na 27ª sessão da Conferência das Partes (COP27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Sharm El-Sheikh, Egito, no dia 17 de novembro de 2022. Na conferência da ONU sobre mudanças climáticas, Guterres pediu na quinta-feira aos países que façam ações climáticas em vez de "apontar o dedo". (Xinhua/Sui Xiankai)