Relações econômicas e comerciais entre China e Europa mostram crescimento constante apesar dos desafios globais-Xinhua

Relações econômicas e comerciais entre China e Europa mostram crescimento constante apesar dos desafios globais

2022-11-17 11:38:41丨portuguese.xinhuanet.com


Foto tirada em 11 de julho de 2022 mostra uma cena da cerimônia de boas-vindas da 10.000ª viagem feita pelos trens de carga China-Europa operados pela China-Europe Railway Express (Chongqing) em Duisburg, Alemanha. (Xinhua/Ren Pengfei)

Apesar de uma infinidade de desafios políticos e econômicos internacionais, incluindo a pandemia de COVID-19, a cooperação econômica e comercial China-UE tem melhorado tanto em diversidade quanto em volume.

Paris, 15 nov (Xinhua) -- Enquanto o mundo fixa seu olhar na Cúpula do G20 na Indonésia, surgiu um amplo consenso de que grandes economias como a China e a União Européia (UE) precisam trabalhar juntas para a cooperação econômica, a fim de facilitar a recuperação econômica global e o desenvolvimento sustentável.

O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu na terça-feira com o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, na ilha turística indonésia de Bali. Xi disse que a China e a UE devem aderir ao espírito de independência e autonomia, bem como abertura e cooperação para impulsionar as relações bilaterais para um progresso constante no caminho certo e injetar estabilidade e energia positiva no mundo.

Um trem de carga China-Europa chega ao porto internacional de Xi'an em Xi'an, Província de Shaanxi, no noroeste da China, em 31 de agosto de 2022. (Xinhua/Li Yibo)

COMÉRCIO EM CRESCIMENTO

Apesar da pandemia da COVID-19 e das instabilidades regionais, o serviço de trem de carga China-Europa permaneceu estável, ajudando a aumentar o volume do comércio China-UE.

Em 2021, o serviço de trem de carga China-Europa realizou um recorde de 15.000 viagens, transportando mercadorias equivalentes a 1,46 milhão de unidades de contêineres de 20 pés. Isso representou um crescimento de 22% e 29% em relação ao ano anterior, respectivamente, de acordo com a China State Railway Group Co., Ltd..

Nos primeiros seis meses de 2022, o serviço realizou 7.514 viagens de trem de carga, transportando mercadorias equivalentes a 724 mil unidades de contêineres de 20 pés, segundo dados da empresa.

O serviço de trem de carga China-Europa tem servido como um importante elo comercial entre a Ásia e a Europa. Com 82 rotas, os trens chegam agora a 200 cidades de 24 países europeus, formando uma rede de transportes que cobre toda a Europa, segundo a empresa.

Os trens transportam mais de 50.000 tipos de mercadorias em 53 categorias, incluindo automóveis e peças, roupas e acessórios, grãos e madeira, ajudando assim a estabilizar as cadeias de abastecimento internacionais.

"Especialmente durante esses tempos difíceis, quando também lutamos contra o congestionamento de algumas rotas marítimas, o serviço de trem de carga China-Europa ainda funciona de forma eficaz", disse Axel Mattern, diretor executivo da Port of Hamburg Marketing, acrescentando que estava ansioso para receber mais trens da China.

Até o final de julho deste ano, a proporção geral de contêineres carregados viajando em ambas as direções era de cerca de 98%, de acordo com dados divulgados pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China em agosto.

O serviço de trem de carga também ajudou a construir muitos novos centros logísticos e parques industriais e comerciais ao longo das rotas, criando dezenas de milhares de empregos localmente.

Como uma das portas de entrada para a UE, a cidade de Zahony, no nordeste da Hungria, tornou-se um importante centro ao longo da linha do sul. Está situada a 100 km de cinco fronteiras, o que a torna um local ideal para um centro logístico.

Norbert Csomos, diretor administrativo da MAV-REC Railway Engineering Cooperation Ltd., disse à Xinhua que o serviço de trem de carga China-Europa impulsionou a economia local, com mais empresas chinesas planejando investir em Zahony.

COOPERAÇÃO GANHA-GANHA

Chamando muita atenção na cúpula do G20, a cooperação ganha-ganha entre a China e a UE apresenta perspectivas mais amplas para o desenvolvimento futuro.

Saudando a globalização como um sucesso, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que a Alemanha não defende a dissociação durante sua visita oficial à China no início deste mês, enfatizando que a Alemanha deve fazer negócios com o resto do mundo, incluindo a China.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia, disse que as relações comerciais da UE com a China "precisam de mais equilíbrio e reciprocidade" e "a UE deve continuar se relacionando com a China com pragmatismo".

Apesar de uma infinidade de desafios políticos e econômicos internacionais, incluindo a pandemia da COVID-19, a cooperação econômica e comercial China-UE tem melhorado tanto em diversidade quanto em volume.

No ano passado, o volume do comércio bilateral ultrapassou US$ 800 bilhões. pela primeira vez, enquanto os investimentos ultrapassaram os 270 bilhões de dólares em termos acumulados. Nos primeiros oito meses de 2022, o comércio total entre a China e a UE ascendeu a 575,22 mil milhões de dólares, um aumento de 8,8% em termos anuais. O investimento da UE na China totalizou 7,45 bilhões de dólares, um aumento anual de 121,5%, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China há um mês.

Recordando os últimos 50 anos de relações econômicas e comerciais sino-alemãs, o CEO da Duisport, Markus Bangen, expressou confiança na resiliência da cooperação benéfica entre os dois países. "Estamos ansiosos para mais cooperações no futuro."

Denis Depoux, diretor administrativo global da Roland Berger, também elogiou a estabilidade das relações econômicas e comerciais bilaterais diante de uma economia global instável que foi enfraquecida pelo aumento da inflação, escassez de energia e interrupções na cadeia de suprimentos ao longo de 2022.

"Apesar das circunstâncias desafiadoras, a cooperação econômica e comercial China-UE conseguiu manter o ímpeto de crescimento e desempenhou um papel fundamental na condução da recuperação econômica global", observou ele em um relatório sobre o desenvolvimento de empresas chinesas na UE.

VÍNCULOS MAIS FORTES PARA BENEFICIAR O MUNDO

Até agora este ano, a Europa atraiu vários grandes investimentos chineses. A produtora chinesa de baterias Contemporary Amperex Technology Co., Limited (CATL) anunciou oficialmente sua decisão de construir sua segunda fábrica europeia na Hungria, enquanto as montadoras chinesas, incluindo BYD, NIO e XPeng, estão explorando oportunidades de mercado para veículos elétricos no norte da Europa.

Os dois lados também aproveitaram o potencial de cooperação no setor de energia renovável. O parque eólico operado pela CGN Europe Energy, uma subsidiária da China General Nuclear Power Group, no vilarejo francês de Assac, não apenas forneceu energia limpa para os moradores locais, mas também ajudou a transformar o vilarejo em uma atração turística.

Um projeto de "ilha de carbono zero" realizado pela Shanghai Electric Power Company em Gozo, Malta, encontrou maneiras inovadoras de integrar energia eólica e solar, armazenamento de energia, hidrogênio e tecnologias abrangentes de energia inteligente em um projeto piloto.

De acordo com Pascal Gondrand, diretor para o Japão e Nordeste da Ásia da Business France, a China é o investidor asiático número um na França, com 53 projetos criando ou mantendo 2.169 empregos em 2021.

Os investidores chineses lançaram grandes projetos em setores como energia, veículos elétricos, saúde, digital e infraestrutura, disse Gondrand durante um fórum na França no final de setembro.

Ele viu um papel para a França, que já funciona como um hub de negócios na Europa e na região da Europa, Oriente Médio e África, para trabalhar em conjunto com a China no mercado de terceiros para promover o crescimento sustentável.

Financiamento e investimentos conjuntos desempenharão um papel fundamental na promoção do desenvolvimento econômico e social de terceiros países, disse o ex-primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin.

Como este ano marca o 50º aniversário das relações diplomáticas China-Alemanha, o presidente do Conselho de Administração da BMW AG, Oliver Zipse disse: "Nossa experiência na China é um bom exemplo de colaboração bem-sucedida entre os dois países e entre a China e a Europa. Do nosso ponto de vista, a colaboração e a confiança mútua são fundamentais para enfrentar os desafios contínuos que temos pela frente para todos nós. E são fundamentais para criar crescimento e prosperidade."

Sua opinião foi compartilhada pelo ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, que disse que, devido ao impacto desastroso das mudanças climáticas no meio ambiente e na economia globais, a UE e a China deveriam se unir para reduzir as emissões de carbono.

Falando durante um fórum econômico em Paris em setembro, Raffarin também instou a França, a Europa e a China a encontrar uma maneira de direcionar suas relações para o multilateralismo e a cooperação.

"Temos uma visão de um mundo multipolar. Queremos uma governança global equilibrada para a qual temos que reinventar o multilateralismo. Vamos conversar. Vamos dialogar", disse Raffarin.

"Quanto mais cooperação houver, mais podemos limitar as tensões", acrescentou.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com