Rio de Janeiro, 20 set (Xinhua) -- O Ministério da Defesa do Brasil informou nesta terça-feira que as Forças Armadas farão a distribuição das urnas e realizarão tarefas de segurança nas eleições do próximo 2 de outubro.

No sábado passado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, atendeu ao pedido de tribunais regionais eleitorais e autorizou o envio de militares das Forças Armadas para reforçar a segurança de 568 localidades em 11 estados brasileiros, mas faltava a aprovação do Ministério da Defesa.

Militares da Marinha, Exército e Aeronáutica serão distribuídos nas zonas eleitorais, principalmente em locais dominados pelo narcotráfico ou milícias para garantir que a população possa votar livremente.

Além disso, também auxiliarão na logística de distribuição das urnas eletrônicas e no transporte de pessoas para as comunidades situadas em áreas rurais, ribeirinhas ou indígenas.

As forças devem atuar em 167 localidades do estado do Rio de Janeiro, conforme solicitação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Já o Maranhão solicitou apoio em 97 localidades.

Também solicitaram apoio os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins. O Ministério da Defesa deverá determinar agora o número de efetivos que serão destinadas a cada lugar.

Nas eleições de 2018, 513 municípios de 11 estados brasileiros contaram com a presença de militares.

O envio de tropas federais ocorre quando um município informa à Justiça Eleitoral que não tem capacidade de garantir a normalidade do pleito com o efetivo policial local.

As eleições brasileiras de 2 de outubro servirão para escolher o presidente e vice-presidente, governadores dos 27 estados e do Distrito Federal, deputados estaduais, federais e senadores. No caso da eleição presidencial e na de governadores, se nenhum candidato obtiver a maioria dos votos, haverá segundo turno em 30 de outubro.