Beijing, 7 jul (Xinhua) -- A comunidade internacional deve respeitar a diversidade do desenvolvimento dos direitos humanos, disseram especialistas nesta terça-feira, em oposição a um único modelo e critério.

Eles fizeram as observações em um evento paralelo da 50ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas intitulado "Reforçar a Governança Global dos Direitos Humanos, Promover os Valores Comuns da Humanidade", por videoconferência.

Wang Chao, presidente da Associação das Nações Unidas da China, disse que a governança global dos direitos humanos sofreu de um grave impacto pela influência conjunta das mudanças não vistas em um século e a pandemia da COVID-19, e que o hegemonismo, o racismo, o protecionismo e o nacionalismo cresceram, a pobreza e a desigualdade se agravaram e os padrões duplos prevaleceram.

"Devemos apoiar cada país em explorar seu próprio caminho de desenvolvimento dos direitos humanos com base em sua própria realidade e nas necessidades de seu povo", instou Wang, enfatizando que os direitos à vida e ao desenvolvimento são direitos humanos fundamentais para os países em desenvolvimento.

A China deu o exemplo de "quando a maré sobe ela eleva todos os barcos", disse Peter Herrmann, membro da Academia Europeia de Ciência e Artes, por videoconferência. Ele observou que, em muitos outros países, a maré alta resultou em afogamentos de muitas pessoas, especialmente porque o benefício público havia sido apropriado.

A ideia da China de um "estado de direito abrangente" gerou uma concordância político-jurídica entre a atual implementação do Estado de Direito Interno e a criação de um Estado de Direito Internacional, disse Maria Francesca Staiano, diretora do Centro de Estudos da China do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Nacional de La Plata.

A fim de melhorar a grave crise humanitária causada pelas guerras e pobreza extrema, o único método que está alinhado com o Estado de Direito é o diálogo internacional, por meio da cooperação internacional, acrescentou.

Em resposta às atuais tentativas de alguns países de politizar os direitos humanos para interferir nos assuntos internos de outros países, Liu Xinsheng, membro do Comitê Consultivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU, disse que os países em desenvolvimento devem fortalecer a solidariedade e apresentar suas próprias reivindicações e opiniões sobre direitos humanos.

"Os países em desenvolvimento devem unir e estabelecer parcerias em termos de economia, comércio e organizações internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, já que nossos interesses se cruzam muito", disse Hassan Njifon Njoya, professor de ciência política na Universidade de Buea, nos Camarões.

Ele também pediu solidariedade entre os países em desenvolvimento, a fim de reduzir a dependência dos países desenvolvidos, criticando os duplos padrões de alguns países que impõem, o que eles pensam de valores e estilos de vida mais superiores sobre os países em desenvolvimento.

A comunidade global deve abandonar o viés ideológico e fortalecer o consenso para contribuir para a governança dos direitos humanos, disse Li Xin, diretor executivo do Centro de Comunicações Internacionais do Instituto de Estudos Internacionais de Shanghai.

O caminho para melhorar o sistema de governança global dos direitos humanos deve fornecer aos países bens públicos que estimulem a prosperidade comum através da promoção dos valores comuns de toda a humanidade, acrescentou Li. Fim