Beijing, 5 jul (Xinhua) -- A grave discriminação e injustiça racial nos Estados Unidos são reflexos da discriminação e injustiça que o país promove em todo o mundo, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China nesta terça-feira.
Zhao Lijian deu as declarações em uma coletiva de imprensa quando solicitado a comentar sobre reportagem de que Jayland Walker, um cidadão afro-americano em Ohio, havia sido morto por oito policiais que dispararam mais de 90 tiros, provocando protestos em massa nos Estados Unidos.
Zhao observou que não é incomum que a polícia americana aplique a lei com mais rigor ao lidar com minorias raciais. Ele disse que, desde 2020, houve 2.563 mortes causadas pela polícia nos Estados Unidos, sendo 565 afro-americanos, representando mais de 22%.
"Só este ano, 49 afro-americanos foram baleados e mortos pela polícia estadunidense", disse ele.
Dos males do comércio de escravos e da expulsão e matança de povos indígenas à situação abjeta em curso e ao sofrimento trágico dos afro-americanos e outras minorias étnicas, a supremacia branca e a promoção da "teoria da substituição" branca nos Estados Unidos são galopantes, e a discriminação racial sistemática e universal está se intensificando, acusou Zhao.
Ele disse que os Estados Unidos, como Estado-Parte da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, falharam em tomar medidas efetivas para lidar com a discriminação racial sistemática, o que constitui uma grave violação de suas obrigações sob a convenção.
"Quantas mortes de George Floyd ou Jayland Walker são necessárias antes que o governo dos EUA realmente reflita sobre si mesmo e tome ações práticas para se livrar de sua arrogância e preconceito e alcançar justiça e igualdade?" Perguntou Zhao.