Coordenadora da ONU alerta sobre crise humanitária no Líbano-Xinhua

Coordenadora da ONU alerta sobre crise humanitária no Líbano

2022-07-03 15:04:47丨portuguese.xinhuanet.com

Proprietário de um armazém de trigo e grãos exibe trigo ucraniano em Hasbaya, sul do Líbano, no dia 28 de fevereiro de 2022. (Foto por Taher Abu Hamdan/Xinhua)

Genebra, 1 jul (Xinhua) -- Um alto funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) forneceu na sexta-feira uma atualização sobre a situação humanitária no Líbano, dizendo que a crise do Líbano está afetando a todos, em todo o país.

Najat Rochdi, coordenadora-residente da ONU e coordenadora-humanitária para o Líbano, disse em uma coletiva de imprensa que o colapso socioeconômico no Líbano foi ainda mais exacerbado pelo impacto da crise ucraniana, que se reflete principalmente nos aumentos drásticos nos preços do pão e em ameaças comida segura.

Pessoas compram comida em Beirute, Líbano, no dia 13 de abril de 2022. (Foto por Bilal Jawich/Xinhua)

"Nossa avaliação recente mostra que 2,2 milhões de pessoas precisam de apoio urgente para garantir o acesso a alimentos e outras necessidades básicas até o final do ano, um aumento de 46 por cento em relação ao ano passado", disse ela.

Ela disse que quase um terço da força de trabalho do Líbano está desempregada, com a taxa de desemprego saltando de 11,4 por cento em 2018-2019 para 29,6 por cento em 2022.

O funcionário da ONU disse que o salário mínimo mensal no país atualmente é inferior a 25 dólares americanos, resultando em um declínio significativo na renda e no poder de compra.

Ela citou os últimos números da ONU dizendo que 51 por cento das pequenas empresas no Líbano pararam temporariamente as operações com 84 por cento de seus trabalhadores sendo demitidos e 94 por cento daqueles retidos vendo seus salários reduzidos em grande parte.

Quanto ao setor de saúde, Rochdi disse a relatórios que no Líbano, 1,95 milhão de pessoas estão solicitando serviços humanitários de saúde, um aumento de 43 por cento em relação a agosto de 2021.

"Ainda mais, os hospitais sofrem com uma escassez aguda de suprimentos médicos e falta de energia, no momento em que mais de 40 por cento dos médicos e 30 por cento dos enfermeiros do Líbano deixaram o Líbano desde o início do colapso econômico, segundo a OMS", disse ela.

Mulher é vista em uma casa de câmbio em Beirute, Líbano, no dia 24 de maio de 2022. (Xinhua/Liu Zongya)

Segundo o funcionário da ONU, outra crise preocupante é o acesso das pessoas à água potável. Quase 4 milhões de pessoas correm o risco imediato de ver negado o acesso à água potável no Líbano, com fontes alternativas de água que se espera que sejam inacessíveis para as famílias mais vulneráveis ​​devido ao alto custo do combustível e à ineficiência dos estabelecimentos de abastecimento de água.

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