Brasil espera conquistar pelo menos 20 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Rio de Janeiro, 22 jul (Xinhua) -- O Brasil chegou aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 buscando superar seu recorde histórico, alcançado no Rio 2016, quando conquistou um total de 19 medalhas: sete ouros, seis pratas e seis bronzes.

O "Time Brasil" levou ao Japão 301 desportistas, sua delegação mais numerosa, exceto pelos 465 que participaram do Rio 2016, devido ao número de vagas reservadas para o país anfitrião.

"O Brasil terá uma delegação recorde no Japão: 301 atletas,161 homens (53,5%) e 140 mulheres (46,5 %) de 35 modalidades, os maiores números da história do país em uma Olimpíada realizada no exterior", informou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Fazem parte do Time Brasil 31 medalhistas olímpicos, dos quais 18 subiram ao lugar mais alto do pódio em edições anteriores, mas embora o COB não divulgue oficialmente suas metas, os analistas olímpicos brasileiros estimam que o país pode conquistar no Japão até 20 medalhas, uma a mais que em Rio 2016, com possibilidade de conseguir cerca de seis ouros.

Quando se pensa nas atuações do Brasil nas últimas edições de Jogos Olímpicos, a equipe masculina de voleibol é unanimidade nacional, sendo seus jogadores os únicos atletas seja em esportes coletivos ou individuais, em condições de buscar um quarto ouro olímpico.

A seleção, comandada até Rio 2016 pelo icônico treinador Bernardinho Rezende, manteve, sob seu sucessor, Renan Dal Zotto, a base da conquista do tri olímpico e integrou novos nomes, entre eles, o cubano nacionalizado brasileiro Leal, e desembarca em Tóquio após mais um troféu levantado em junho: seu primeiro título da Liga das Nações.

Os outros cinco favoritos ao primeiro lugar no pódio são Isaquias Queiroz (canoagem), Beatriz Ferreira (boxe), Martine Grael/ Kahena Kunze (vela), Gabriel Medina (surfe) e Pâmela Rosa (skate).

O canoísta Queiroz (C1 1000m) é o único brasileiro a ter ganho três medalhas nos mesmos Jogos Olímpicos (duas pratas e um bronze em 2016); Beatriz Ferreira é a atual campeã mundial de boxe na categoria até 60 quilos, enquanto Martine e Kahena buscarão o bicampeonato na classe 49erFX.

A principal expectativa do Time Brasil de ganhar mais medalhas se deve à inclusão em Tóquio 2020 das disciplinas inéditas de skate e surfe.

Isso acontece porque os brasileiros que foram ao Japão estão entre os melhores do mundo nas duas modalidades.

O surfista Gabriel Medina foi campeão mundial em 2018, vice em 2019 e lidera atualmente o ranking mundial, seguido pelo outro classificado, Ítalo Ferreira.

No skate, há a esperança de que Pâmela Rosa campeã em 2019 e atual líder do ranking mundial, bem como Leticia Bufoni e Rayssa Leal, que aos 13 anos é a atleta mais jovem a representar o Brasil em Jogos Olímpicos, conquistem um inédito pódio olímpico triplo no "street" feminino.

Nos esportes coletivos, a seleção masculina de futebol, que estreou nesta quinta-feira com uma vitória por 4-2 sobre a Alemanha, com um "hat-trick" de Richarlison, buscará repetir o inédito ouro obtido no Maracanã no Rio 2016.

Por sua vez, a seleção feminina, que debutou quarta-feira com um 5-0 sobre a China, espera que, comandada pela famosa técnica sueca Pia Sundhage, consiga, finalmente, conquistar o ouro (ficou com a prata em Beijing 2008). A equipe conta com a veterana Marta, seis vezes eleita a melhor do mundo pela FIFA e que anotou dois gols na estreia para se tornar a primeira jogadora de futebol a marcar gols em cinco edições de Jogos Olímpicos.

Bicampeã olímpica (Beijing 2008 e Londres 2012), a seleção feminina de voleibol, que caiu nas quartas de final no Rio 2016, chega a Tóquio com um grupo renovado e um vice-campeonato na recente Liga das Nações, na qual perdeu a final para as norte-americanas que, junto com as chinesas, são as grandes favoritas.

A maior esperança brasileira no atletismo é Alison Santos, de apenas 21 anos, que conquistou o ouro nos 400 metros com obstáculos nos últimos Jogos Pan-americanos e ficou em sétimo lugar no Mundial de Doha em 2019. Fim