Contas do governo brasileiro tiveram em março o melhor resultado para o mês desde 2014
Rio de Janeiro, 29 abr (Xinhua) -- As contas do governo federal brasileiro registraram em março um superávit primário de 2,10 bilhões de reais (US$ 393 milhões), o melhor resultado para o mês desde 2014, quando houve um saldo positivo de 4,26 bilhões de reais (US$ 797,5 milhões), informou nesta quinta-feira a Secretaria do Tesouro Nacional.
O superávit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos superam as despesas. Nessa conta, não são considerados os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
O bom resultado das contas públicas, em março deste ano, está relacionado com uma arrecadação recorde de impostos que ainda não sofreu os efeitos da segunda onda da COVID-19, algo que deve aparecer a partir do mês de abril.
Segundo o Tesouro Nacional, no acumulado dos três primeiros meses deste ano, as contas do governo apresentaram um superávit primário de 24,44 bilhões de reais (US$ 4,58 bilhões), comparado com o resultado negativo de 2,86 bilhões de reais (US$ 535 milhões) do mesmo período do ano passado. Trata-se do melhor resultado para um primeiro trimestre em nove anos.
Além do aumento da arrecadação do primeiro trimestre, e da contenção de gastos pelo orçamento ainda não ter sido aprovado, os gastos emergenciais com a pandemia também foram contidos nesse período, já que apenas 8,6 bilhões de reais (US$ 1,61 bilhão) tinham sido desembolsados até o final de março.
Para 2021, o governo brasileiro está autorizado a registrar um déficit primário de até 247,12 bilhões de reais (US$ 46,31 bilhões), sendo que despesas extraordinárias com a pandemia da COVID-19, nas áreas de saúde e auxílio emergencial, estão fora do objetivo fiscal.
Apesar da melhora das contas públicas neste ano, o Tesouro Nacional considera que o Brasil continua sendo um dos países emergentes mais endividados do mundo.
Em fevereiro, a dívida pública brasileira era de 90% do Produto Interno Bruto (PIB), superando a média dos demais países emergentes, de 65%. Para o fim deste ano, o órgão estima que a dívida recue para 87,2% do PIB.
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