Entrevista: Vacinas chinesas são contribuição crucial à resposta global contra COVID-19, diz CEO da Airfinity

2021-02-24 16:46:06丨portuguese.xinhuanet.com

Genebra, 23 fev (Xinhua) -- As vacinas da China têm feito uma contribuição crucial para a resposta global contra a COVID-19, já que as doses destinadas a outros países estão fazendo a diferença, disse nesta terça-feira Rasmus Bech Hansen, chefe da empresa britânica de pesquisa Airfinity.

Hansen, fundador e presidente-executivo da companhia localizada em Londres, afirmou à Xinhua em uma entrevista online que o papel da China na produção e distribuição de vacinas contra a COVID-19 tem sido significante.

"Como a pandemia está sob controle na China, há menos pressão para manter as vacinas dentro do país. A China também está aumentando a produção rapidamente", apontou ele.

Os países em desenvolvimento vêm sofrendo no que diz respeito à vacina devido à capacidade limitada de armazenar suprimentos em temperaturas ultrabaixas. Uma vantagem das vacinas chinesas é que elas exigem um resfriamento não tão baixo, destacou Hansen.

"Elas são mais fáceis de distribuir e armazenar. Especialmente para os países de renda média e baixa, elas desempenham um papel significativo e eu imagino que isso prossiga", ressaltou ele.

A China prometeu que vai continuar a fornecer vacinas contra a COVID-19 a outros países, especialmente os em desenvolvimento, e reiterou seu compromisso de torná-las um bem público global.

No entanto, Hansen enfatizou que ainda existe uma enorme disparidade entre oferta e demanda e que a produção precisa ser aumentada em um ritmo acelerado em todo o mundo.

"O gargalo é realmente a produção. Existem poucos grandes produtores, a China sendo um, a Índia outro, os EUA, alguns na Europa, mas realmente o que o mundo precisa é uma capacidade de produzir em escala mais ampla", salientou o presidente-executivo da Airfinity.

"Basicamente, precisamos de muito mais vacinas disponíveis. Qualquer vacina à disposição é uma coisa boa e ajuda a resolver o problema mundial."

A China incentivou suas empresas a conduzirem pesquisas e produção conjunta de imunizantes com parceiros estrangeiros e já exportou suas vacinas Sinopharm e Sinovac para países como os Emirados Árabes Unidos (UAE), Marrocos, Turquia e Chile.

A China assinou um acordo com a Aliança Global de Vacinas, Gavi, aderindo oficialmente à COVAX no início de outubro, uma iniciativa global que trabalha com governos e fabricantes para garantir que as vacinas contra a COVID-19 estejam disponíveis em todo o mundo tanto para países de alta renda quanto para os de baixa renda.

"A China tem candidatos que estão participando da COVAX e também espero que o país se engaje como parte da entrega da COVAX e desempenhe um papel importante. Acho que os sinais que vimos até agora da China, com uma quantidade significativa de exportações, aponta na direção certa ", elogiou Hansen.

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