Biden revela estratégia nacional para combater pandemia de COVID-19

Washington, 21 jan (Xinhua) - O presidente dos EUA, Joe Biden, revelou na quinta-feira sua estratégia nacional para lidar com a pandemia de COVID-19, enquanto o país enfrenta níveis recordes de infecções e mortes.

"Nossa estratégia nacional é abrangente, baseada na ciência e não na política. É baseada na verdade, não na negação, e é detalhada", disse Biden em comentários na Casa Branca em seu primeiro dia completo no cargo.

Biden assinou vários pedidos na quinta-feira, incluindo a melhoria das cadeias de suprimentos para a pandemia, mantendo os trabalhadores seguros, garantindo uma resposta equitativa, promovendo viagens seguras e expandindo o tratamento para COVID-19.

"Não entramos nessa confusão da noite para o dia e vai levar meses para mudarmos isso. Mas deixe-me ser igualmente claro, nós vamos superar isso", disse ele.

A pandemia de COVID-19 está no topo da agenda de Biden desde seu primeiro dia de mandato. Sua inauguração na quarta-feira ocorreu em um momento em que o país registrava mais de 24 milhões de casos de COVID-19 e mais de 400 mil mortes.

O país mais rico do mundo continua sendo o mais atingido pela pandemia, respondendo por mais de 25 por cento dos casos globais e quase 20 por cento das mortes globais.

Os Estados Unidos registraram um recorde de 4.383 mortes por COVID-19 na quarta-feira, e atualmente o país registra uma média de aumento diário de cerca de 194.000 casos e 3.000 mortes, de acordo com os dados atualizados na quinta-feira pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Com a ausência de uma estratégia nacional sob a administração de Donald Trump, estados e cidades ficaram por conta própria na luta contra a pandemia, enquanto a polarização política e a rejeição da ciência impediram a capacidade dos EUA de controlar a pandemia, disseram especialistas em saúde.

O plano de Biden começa com uma campanha nacional de vacinação que visa atingir sua meta de administrar 100 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em dois estágios em seus primeiros 100 dias.

Biden disse que o lançamento da vacina no país é um "fracasso terrível" até o momento. O número de mortes de COVID-19 no país pode chegar a 500.000 no mês que vem, e os casos continuarão aumentando.

O governo Trump planejou vacinar 20 milhões de americanos até o final de 2020. No entanto, apenas cerca de 12,28 milhões de doses foram administradas até 15 de janeiro, de acordo com o CDC.

O Dr. Anthony Fauci, principal consultor-médico de Biden sobre a pandemia, disse a repórteres na quinta-feira que os Estados Unidos veriam em breve um milhão de doses de vacina administradas diariamente.

As coisas vão continuar piorando antes de melhorar, disse Biden, que assinou, entre outros, o decreto executivo do "Desafio de Proteção Facial por 100 Dias".

A ordem exige máscaras e distanciamento físico em todos os prédios federais, em todas as áreas federais e por funcionários federais e contratados.

Um ano após o início da pandemia, o uso de máscaras, que especialistas em saúde pública dizem ser um dos meios mais eficazes de conter a disseminação de COVID-19, tem sido um assunto polêmico entre os americanos.

A partir de 19 de janeiro, um total de 37 governos estaduais dos EUA exigiam que as pessoas usassem proteções faciais em público para conter a disseminação de COVID-19. O distrito de Columbia e Porto Rico também têm pedidos de máscaras em vigor.