China verá crescimento robusto das exportações em 2021, diz think tank britânico
Londres, 14 jan (Xinhua) -- As exportações chinesas encerraram 2020 com uma nota positiva e devem ver um crescimento contínuo em 2021 em meio a uma perspectiva econômica global otimista, revela um estudo divulgado pelo think tank britânico Oxford Economics nesta quinta-feira.
O documento foi divulgado em um momento em que os dados oficiais da China mostraram no início do dia que as importações e exportações totais de bens do país cresceram 1,9% ano a ano, para 32,16 trilhões de yuans (US$ 5 trilhões) em 2020, batendo recorde apesar de uma queda mundial no setor.
Em dezembro, as exportações aumentaram 10,9% ano a ano em termos de yuan, de acordo com os dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas (AGA) da China.
"As exportações terminaram 2020 em uma nota positiva, registrando forte crescimento anual em dezembro e no quarto trimestre como um todo", apontou a Oxford Economics, acrescentando que a demanda por produtos de alta tecnologia e outros eletrônicos também aumentou no quarto trimestre.
"Olhando para o futuro, as tendências atuais e as perspectivas econômicas globais positivas implicam um crescimento robusto das exportações em 2021", avalia o think tank.
A China emergiu dos desafios econômicos e comerciais mundiais em 2020 como a única grande economia do mundo a ter registrado crescimento no comércio exterior de bens, destacou o porta-voz da AGA, Li Kuiwen, em uma coletiva de imprensa em Beijing nesta quinta-feira.
Nos primeiros 10 meses do ano passado, o comércio exterior e as exportações do país representaram 12,8% e 14,2% do total mundial, respectivamente, ambos atingindo máximas históricas, disse Li, citando os dados da Organização Mundial do Comércio e as estatísticas nacionais disponíveis.
A Oxford Economics disse acreditar que as perspectivas para exportações chinesas permanecem positivas dada a previsão favorável para o crescimento mundial. "O retorno ao crescimento econômico global deve sustentar um sólido crescimento das exportações em 2021".
Além das exportações, o think tank britânico lembrou que o crescimento das importações também aumentou em dezembro, resultando em um aumento mais rápido no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior.
"Acreditamos que as importações de bens se expandirão significativamente em 2021, sustentadas pela forte demanda doméstica", disse o think tank, prevendo que "as importações de bens de capital superarão as de commodities (em 2021)".
Espera-se que a economia chinesa cresça 2% em 2020, avaliou o Grupo do Banco Mundial em suas últimas Perspectivas Econômicas Globais. A leitura é baixa dado o desempenho impressionante da China, mas ainda fará do país a única grande economia a emergir com crescimento positivo.
"Com poucos sinais de outra onda de COVID-19, a economia chinesa está se recuperando firmemente do choque pandêmico, com base na edição de novembro de 2020 do Instituto Nacional de Revisão Econômica", disse à Xinhua Mao Xuxin, economista-chefe do Instituto Nacional para Pesquisas Econômicas e Sociais, um think tank econômico com sede em Londres.
Mao salientou que há três principais forças por trás da recuperação econômica chinesa a partir do segundo trimestre de 2020, incluindo o aumento da produção industrial, o aumento das exportações apoiado pela alta demanda por produtos médicos e eletrônicos e a recuperação da confiança das empresas em toda a gama de fábricas e serviços.
Questionado sobre as perspectivas econômicas do país para 2021, Mao ressaltou que a economia da China deve crescer mais de 7%, acrescentando que "a estratégia de 'dupla circulação' (na qual os mercados interno e externo se reforçam com o mercado interno como pilar), revelada em 2020, reduzirá a forte dependência da China em produtos mundiais de alta tecnologia e a elevará na cadeia de valor mundial".
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